Banca de DEFESA: RAYANNE MACÊDO ARANHA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : RAYANNE MACÊDO ARANHA
DATA : 17/02/2020
HORA: 14:00
LOCAL: AUDITÓRIO NUPEG
TÍTULO:

Tratabilidade de solo contaminado com creosoto através de processo oxidativo
avançado com persulfato ativado por quelato de ferro


PALAVRAS-CHAVES:

Remediação de solo; Processo oxidativo avançado; Persulfato;
Creosoto; Hidrocarbonetos policíclicos aromáticos.


PÁGINAS: 52
RESUMO:

Uma porção significativa de solos contaminados contém poluentes líquidos orgânicos
conhecidos como NAPLs (do inglês, Non-Aqueous Phase Liquids). O creosoto é um
tipo de DNAPL (do inglês, Dense Non-Aqueous Phase Liquids) e, por isso, tem a
capacidade de migrar para profundidades significativas em subsuperfície, até atingir
uma camada impermeável, onde se acumula. Assim, ele pode estar presente em
diferentes fases no meio subterrâneo, tais como vapor, NAPL (residual e livre),
dissolvida e sorvida. Ele é uma mistura complexa de constituintes orgânicos, contendo
principalmente hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs). Os HPAs são poluentes
orgânicos persistentes que tendem a adsorver em partículas sólidas devido às suas
propriedades físico-químicas. Processos oxidativos avançados podem ser aplicados para
remediar áreas contaminadas com HPAs através do uso de agentes oxidantes, como o
persulfato. Esse oxidante pode ser ativado por íons de ferro gerando radicais livres de
sulfato () que reagem com as espécies orgânicas causando mineralização parcial ou
completa. Neste trabalho, o particionamento de HPAs contidos no creosoto entre as
fases vapor, aquosa, DNAPL e sorvida foi avaliado. Além disso, ensaios de tratabilidade
utilizando persulfato ativado por quelato de ferro foram aplicados em solos arenosos
artificialmente contaminados com creosoto e fenantreno. A partir da avaliação de
distribuição de fases, a maior concentração de contaminantes foi detectada na fase sorvida.
Os ensaios de tratabilidade realizados no solo contaminado com creosoto demonstraram que
61,4% dos HPAs selecionados no estudo foram removidos. O fenantreno (PHE) mostrou ser

um dos HPAs mais recalcitrantes. Assim, ensaios de tratabilidade em solo contaminado
com fenantreno foram realizados e maiores percentuais de remoção foram obtidos, sendo
possível atingir níveis abaixo do valor de intervenção estabelecido pela Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) para áreas industriais. Os ensaios cinéticos
indicaram que a cinética de degradação do PHE ajusta-se adequadamente a um modelo de
segunda ordem. Com base nos resultados deste estudo, a oxidação química provou ser uma
tecnologia de remediação eficaz para a contaminação de solos por HPAs.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1149554 - OSVALDO CHIAVONE FILHO
Externo à Instituição - CARLOS EDUARDO DE ARAÚJO PADILHA - UFRN
Externa à Instituição - MARILDA MENDONÇA GUAZZELLI RAMOS VIANNA - USP
Notícia cadastrada em: 26/12/2019 15:23
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