Pirólise Flash de diferentes cultivares da biomassa do Capim Elefante (Pennisetum purpureum Schum.).
Caracterização energética, Capim-Elefante, Degradação térmica, Pirólise flash, Estudo cinético, Cultivo energético.
O Capim Elefante (Pennisetum purpureum Schum.), apresenta grande produtividade com capacidade anual de 40 toneladas de matéria seca por hectar , e um rendimento energético até 25 vezes maior que a energia consumida na sua produção. Neste trabalho foi realizado um estudo em diferentes cultivares do Capim Elefante, dentre elas, Pennisetum purpureum Schum. cv. Mott (CEM), Pennisetum purpureum Schum. cv. Roxo (CER) e Pennisetum purpureum Schum. cv. Capiaçu (CEC). As biomassas foram avaliadas em termos de Análise Imediata, Poder Calorífico, Análise Elementar, Composição Estrutural, Análise Termogravimétrica, FRX, DRX e FTIR, bem como a pirólise flash analítica a 600°C em Py-GC/MS e avaliação dos parâmetros cinéticos através da análise térmica. Os parâmetros cinéticos das amostras foram estimados utilizando métodos não-isotérmicos Flynn-Wall e Model Free Kinetics (Vyazovkin) para a faixa de degradação da holocelulose (hemicelulose e celulose) entre 150 à 370 ºC. Os métodos se adequaram bem as amostras de CEM e CER. Porém para o CEC, os modelos com ajuste linear se mostraram pouco confiáveis para descrever os parâmetros cinéticos da amostra. Os compostos voláteis produzidos na pirólise foram principalmente oxigenados, incluindo compostos oxigenados de cadeia curta (C1-C4), furanos, esteres, aldeídos, cetonas e fenóis. De forma geral, os resultados obtidos foram similares para as três biomassas com apenas pequenas variações nos rendimentos dos produtos da pirólise. No entanto, por apresentar uma maior altura de crescimento, um HHV (16,22 MJ/kg) maior e um dos mais elevados teores de fenóis, o CEC mostrou ser a biomassa mais promissora a ser estudada com finalidade de aplicação energética dentre as demais amostras.