Microencapsulação de curcumina em células de levedura (Saccharomyces cerevisiae) via osmoporação: Avaliação de parâmetros do processo, estabilidade térmica e capacidade antioxidante
curcumina; osmoporação, S. cerevisiae, microencapsulação
O emprego de técnicas de microencapsulação tem despertado interesse na indústria de alimentos em virtude de sua versatilidade, possibilitando uma vasta gama de aplicações. A microencapsulação de compostos bioativos visa proteger moléculas valiosas contra condições possivelmente deletérias que reduzem sua biodisponibilidade e, portanto, seus efeitos biológicos. A curcumina, bioativo isolado do rizoma do açafrão-da-Índia (Curcuma longa Linn) pertencente ao grupo dos polifenóis, é associada a diversas atividades biológicas comprovadas. Microrganismos eucarióticos não patogênicos já foram investigados como meios para o desenvolvimento de novos sistemas de encapsulação, passíveis de aplicação na indústria de alimentos. A levedura Saccharomyces cerevisiae, por exemplo, tem apresentado resultados vantajosos e promissores devido as suas características estruturais, como a notável resistência da parede celular, facilidade de manuseio e armazenamento, além da conhecida aplicação alimentícia. A microencapsulação via osmoporação celular é uma técnica inovadora de internalização de substâncias ativas em células de levedura baseada na resposta física das células desses microrganismos a perturbações osmóticas. No presente estudo, um planejamento experimental de Box-Behnken será utilizado para avaliar as melhores condições experimentais para condução do processo de microencapsulação de curcumina em células de levedura S. cerevisiae. Para tanto, serão avaliados a eficiência e o rendimento do processo de encapsulação através de extração direta e quantificação por UV-Visível. Os parâmetros de interesse nesse estudo são a concentração de células, de solvente e de bioativo utilizados no processo. Uma vez determinadas as condições experimentais otimizadas, serão desenvolvidos estudos a fim de avaliar a capacidade das microcápsulas de proteger o bioativo contra degradação térmica e de manter sua atividade antioxidante sob armazenamento.