AVALIAÇÃO DA EFICIENCIA DOS INVESTIMENTOS DO PROGRAMA INOVA-RN EM MICRO E PEQUENAS EMPRESAS: UMA INTEGRAÇÃO DA ANÁLISE ENVOLTÓRIA DE DADOS E ÍNDICE MALMQUIST
Programas governamentais. Micro e Pequena empresa. Inovação tecnológica. Análise Envoltória de Dados. Índice Malmquist.
No Brasil, com a promulgação da Lei de Inovação Tecnológica, tem-se intensificado as medidas de incentivo à inovação e à pesquisa científica no ambiente empresarial, visando ao alcance da autonomia tecnológica e ao desenvolvimento industrial do país. Avaliação dos investimentos públicos pode ser um instrumento importante para garantir o adequado direcionamento na alocação de recursos limitados. Com base nisso, o presente trabalho tem como objetivo geral analisar a eficiência e a produtividade de micro e pequenas empresas beneficiadas com investimentos da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Norte, pelo Programa PAPPE Integração INOVA, para a realização de pesquisas em inovação tecnológica. A pesquisa foi desenvolvida no Estado do Rio Grande do Norte, nas empresas financiadas pela FAPERN, sendo conduzida por meio de uma survey exploratória-descritiva, com o propósito de coletar dados primários necessários para a execução das técnicas Análise Envoltória de Dados e Índice de Produtividade Malmquist. O plano populacional contemplou uma amostra de 26 projetos vinculados a 25 empresas. As variáveis empregadas nessa avaliação compreendem dois inputs (capital FAPERN e capital empresa) e três outputs (faturamento para o projeto INOVA-RN, crescimento das vendas e número de novos empregos). Para conduzir essa avaliação, utilizaram-se os modelos: (1) DEA-BCC, para determinar a eficiência técnica e esclarecer os retornos variáveis à escala; (2) DEA-Super Eficiência, como um procedimento distinto para a identificação de outliers; e, (3) DEA-Malmquist, para avaliar a evolução da produtividade, assumindo, nesses casos, a orientação à maximização dos outputs. Os resultados foram apresentados em três etapas: etapa I – caracterização do perfil dos projetos baseados nos aspectos da inovação tecnológica; etapa II – análise da eficiência das empresas; e, etapa III – avaliação da produtividade das empresas. Por fim, esses resultados possibilitaram identificar, para o órgão fomentador, quais empresas aplicaram melhor os recursos públicos em inovação tecnológica, colaborando no direcionamento de futuras empresas a maximização dos efeitos de investimentos em inovação, com base nos diagnósticos das empresas que obtiveram eficiência máxima e, ainda, promovendo subsídios teóricos e analíticos a organizações públicas, no que tange a análise da aplicabilidade dos recursos governamentais e ao planejamento de políticas públicas.