Percepção das mães de crianças com risco para Transtorno do Espectro Autista quanto ao perfil comunicativo de seus filhos no contexto da pandemia
Transtorno do Espectro Autista; Transtornos da Comunicação; Cuidadores; Desenvolvimento Infantil; Desenvolvimento da Linguagem
Introdução: A identificação dos sinais clínicos de risco para o Transtorno do Espectro Autista (TEA) pela própria família é fundamental na busca por auxílio profissional, seja para o processo de diagnóstico, seja para intervenção. Com o contexto de distanciamento social imposto pela pandemia de COVID-19 as famílias passaram a conviver mais tempo com seus filhos, o que levou ao aumento da percepção de dificuldades relacionadas à comunicação. Objetivos: Caracterizar a percepção dos cuidadores de crianças com risco para TEA a respeito das dificuldades comunicativas dos seus filhos, além de investigar se essa percepção é compatível com a avaliação fonoaudiológica. Método: Esta pesquisa foi realizada por meio de um estudo observacional, cuja amostra foi composta por oito mães cujos filhos apresentavam indicadores clínicos de risco para o TEA e que foram acompanhados em um projeto de telemonitoramento breve. Os resultados foram divididos em dois manuscritos, sendo que no primeiro foi utilizado o Questionário sobre Dificuldades Comunicativas (QDC); e no segundo foram utilizados o Perfil Funcional da Comunicação (PFC) e o protocolo de pragmática do teste infantil ABFW. Resultados: A partir dos resultados obtidos foi possível caracterizar as principais dificuldades percebidas pelas mães e constatar que a participação no programa de telemonitoramento não provocou mudanças substanciais nessa percepção. Além disso, o perfil comunicativo destas crianças foi caracterizado e comparado com a percepção de suas mães. Conclusão: Os instrumentos utilizados demonstraram capacidade de caracterizar a percepção das mães a respeito das dificuldades comunicativas de seus filhos, contribuindo para o processo diagnóstico e intervenção.