GUIA DIDÁTICO PARA PROFESSORES DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO: A MÚSICA COMO PROMOTORA DA APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
deficiência intelectual: música: matemática
O presente estudo tem como foco central o uso da música para a aprendizagem da matemática das pessoas com deficiência intelectual (DI), aqui compreendida enquanto condição clínica caracterizada pela presença de déficits no funcionamento intelectual e no comportamento adaptativo, este último expresso como habilidades adaptativas conceituais, sociais e práticas e as limitações devem estar presentes antes dos 18 anos. Diante do elevado número de alunos com deficiência intelectual, matriculados na rede regular de ensino estadual do Rio Grande do Norte, se faz necessário compreender e intervir para que estes atinjam o potencial de desenvolvimento e de aprendizagem da matemática, minimizando as dificuldades enfrentadas. Este trabalho surge do seguinte problema: Como orientar professores do Atendimento Educacional Especializado - AEE a utilizar a música para potencializar a aprendizagem da matemática da pessoa com deficiência intelectual? Como objetivo geral desta pesquisa pretendemos desenvolver uma sequência didática para auxiliar os professores do AEE a utilizar a música como estratégia para a aprendizagem da matemática dos alunos com Deficiência Intelectual - DI; como objetivos específicos estão previstos: avaliar a eficácia da sequência didática que parte da música como ferramenta para a aprendizagem da matemática dos alunos com DI; produzir vídeos com orientações acerca das atividades propostas e, por fim, a construção do guia didático, constituído pela sequência didática e o conjunto dos vídeos. A sequência didática será elaborada a partir da Teoria das Ações Mentais por Etapas de Galperin. As atividades serão inicialmente avaliadas por juízes e será utilizado o coeficiente de kappa para análise da concordância entre os mesmos. Participarão do estudo todos os alunos com DI dos anos finais do ensino fundamental de uma Escola Estadual do Rio Grande do Norte, distribuídos em dois grupos, um experimental e outro controle. Os participantes de ambos os grupos serão avaliados antes e após o término da intervenção, no campo conceitual das estruturas multiplicativas. Adicionalmente, os dados serão submetidos a uma ANOVA de medidas repetidas discernindo os fatores do tempo de teste (grupo pré, pós-acompanhamento) e grupo de intervenção (grupo com intervenção versus grupo sem intervenção). Acredita-se que o estudo pode contribuir para a prática pedagógica dos professores do AEE, contribuindo para a inclusão, através do desenvolvimento e da aprendizagem de alunos com deficiência intelectual.