Avaliação Diagnóstica em Pensamento Computacional: Um Modelo para os Alunos do Ensino Fundamental com Base no Currículo de Referência do CIEB
Pensamento Computacional; Avaliação Diagnóstica; Habilidades; Ensino Fundamental.
O advento dos tempos da sociedade da informação impôs à escola o desafio de preparar alunos para um mundo globalizado e altamente tecnológico. Além disso, vivenciamos o desafio de tornar, cada vez mais, a aprendizagem atrativa e significativa para os alunos desta nova geração. Porém, as instituições brasileiras de Ensino Básico sofrem com o baixo desempenho de grande parte dos seus alunos quanto à interpretação de textos, resolução de problemas e a sequência lógico-matemática. Neste contexto, surge a necessidade de explorar práticas nas quais os estudantes exercitem e desenvolvam tais habilidades que são requisitadas no mundo do trabalho, envolvendo as profissões do futuro e os desafios acadêmicos. Por esta razão, o Pensamento Computacional (PC) surge como um instrumento de aumento do poder cognitivo e operacional humano, utilizando fundamentos do ensino da ciência da computação a fim de estimular o processo de resolução dos problemas. As habilidades encontradas neste campo, conforme elencadas no Currículo de Referência em Tecnologia e Computação, estão diretamente relacionadas ao que está disposto na Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Ao estudar a inter-relação do PC com as disciplinas do ensino básico, surge o questionamento: o que o aluno já sabe na prática acerca do PC? Visando contribuir neste sentido, este trabalho propõe um modelo de avaliação diagnóstica baseado no Currículo de Referência do Centro de Inovação para a Educação Brasileira (CIEB) para permitir mapear o nível de proficiência dos alunos e identificar lacunas de habilidades e competências correlacionadas com o PC. Esse modelo é inspirado no Sistema de Avaliação da Educação Básica e no concurso internacional Bebras, sendo composto por uma matriz de referência de habilidades para avaliação do PC e uma estrutura para elaboração de questões. Ele foi validado por meio de um curso de extensão voltado para professores da educação básica. Os resultados demonstram que este instrumento pode ser capaz de enriquecer as práticas que envolvem raciocínio lógico e resolução de problemas a partir de uma aprendizagem mais significativa e em consonância com a BNCC.