PRODUÇÃO DE ADSORVENTE SUSTENTÁVEL A PARTIR DA CASCA DO FRUTO DO IPÊ AMARELO PARA A REMOÇÃO DE CORANTE EM EFLUENTE TÊXTIL
Bioadsorvente; Ipê amarelo; Adsorção; Corante ácido; Efluentes têxteis.
A presença de corantes sintéticos nos efluentes da indústria têxtil representa um desafio ambiental significativo, devido à sua alta estabilidade e difícil degradação, podendo impactar ecossistemas aquáticos e a qualidade da água. Diante disso, torna-se essencial investigar alternativas mais éticas para o tratamento desses resíduos. O presente estudo avaliou a eficácia da biomassa calcinada do Handroanthus albus (ipê amarelo) como bioadsorvente para a remoção do corante Acid Red 447 em efluentes têxteis. O material foi processado sem ativação química, utilizando calcinação em forno mufla, e caracterizado por técnicas como MEV, DRX e FTIR, que indicaram a presença de características estruturais favoráveis à adsorção, como uma superfície porosa. Nos ensaios de adsorção, foi utilizado um planejamento experimental do tipo fatorial 2³, que permitiu determinar as melhores condições para a remoção do corante. Mantiveram-se fixos os valores da massa do bioadsorvente em 0,03 g e o tempo de reação de 2 horas a 150 rpm, enquanto o pH foi variado entre 4, 7 e 10 e a concentração do corante em 1, 5 e 10 ppm. Uma capacidade de adsorção de 69,32 mg/g foi alcançada em 12h, utilizando uma solução de 10 ppm de Acid red 447 de pH 10. Esses resultados evidenciam o potencial do bioadsorvente produzido a partir da biomassa calcinada de ipê amarelo como uma alternativa viável para o tratamento de efluentes têxteis.