Desenvolvimento de blendas PET reciclado / PET tecido para aplicações na área têxtil
Reciclagem, poli (tereftalato de etileno), MMA-GMA, dióxido de titânio, tecidos de poliéster, extrusão
O crescimento do consumo dos plásticos pela sociedade gerou problemas ambientais, onde são encontrados uma grande quantidade de materiais mal descartados ao meio ambiente ou pelo mal uso dos seus resíduos, tendo a necessidade de encontrar soluções para minimizar o impacto desses materiais. Portanto, este projeto teve como objetivo o desenvolvimento de filamentos para ser aplicado na indústria têxtil, por meio da utilização do poliéster proveniente de materiais recicláveis, com origem de garrafas PET e de resíduos de tecidos da indústria de confecção. A mistura das blendas poliméricas foi realizado em uma extrusora dupla rosca, onde foram desenvolvidas blendas binárias formadas pelo poli(tereftalato de etileno) grau garrafa reciclado (PET reciclado) com poli(tereftalado de etileno) obtido de tecidos industrializados (PET tecido) e compatibilizadas com o copolímero etileno-acrilato de metila-metacrilato de glicidila (EMA-GMA). As formulações das blendas poliméricas foram variadas de 100% em massa de PET reciclado, com as formulações aumentando de 10 em 10% em massa de PET tecido até a composição de 100 % em massa de PET tecido. Complementarmente, foi utilizado 3% em massa de EMA-GMA como agente de compatibilização interfacial. Após a mistura, a plastificação com a produção de filamentos das blendas binárias e compatibilizadas foram produzidas em uma extrusora de rosca simples. As caracterizações dessas blendas poliméricas foram realizadas por: medidas de índice de fluidez (MFI), calorimetria exploratória diferencial (DSC), Fluorescência de raios X (FRX), Difração de raios X (DRX), medidas de densidade por picnometria, ensaios dos filamentos por ensaios de tração uniaxial e morfológica por microscopia eletrônica de varredura (MEV). Por meio das caracterizações preliminares foi possível identificar uma concentração otimizadas de quantidade de PET tecido na blenda PET reciclado/PET tecido, além de confirmar que a adição de MMA-GMA conduziu ao sinergismo de propriedades, assim como na estabilidade dos filamentos durante o fluxo. O uso do PET tecido branco, isto é, com uso de dióxido de titânio (TiO2), como aditivo de cor, corroborou nas mudanças das propriedades das blendas poliméricas e essa interação do MMA-GMA com o TiO2 do PET tecido conduziu a mudanças sinérgicas das blendas PET reciclado/PET tecido/MMA-GMA.