Arquitetura Interoperável de Saúde Digital Aplicada à Regulação do Acesso aos Serviços de Saúde: o caso da covid-19 no SUS do Rio Grande do Norte
COVID-19; imunização; eficácia; hospitalização
Desde o surgimento da pandemia de COVID-19, a vacinação tem sido a principal estratégia para mitigar a disseminação do SARS-CoV-2 em humanos. Esta tese propõe uma arquitetura de saúde digital integrada para analisa do impacto da vacinação contra a COVID-19 nas internações e óbitos no estado do Rio Grande do Norte, Brasil. Foram analisados dados de 23.516 pacientes hospitalizados com COVID-19 diagnosticados entre abril de 2020 e agosto de 2021. Foram excluídos os dados de pacientes hospitalizados por ocupação direta, resultados desconhecidos e casos não confirmados de COVID-19, resultando em dados de 12.635 pacientes com referência cruzada com a situação vacinal durante a internação. Os resultados indicaram que a administração de pelo menos uma dose dos imunizantes foi suficiente para reduzir significativamente a ocorrência de casos moderados e graves de COVID-19 em pacientes com menos de 59 anos. Considerando os pacientes parcialmente ou totalmente imunizados, a média de idade é semelhante entre os grupos analisados, apesar da ocorrência de comorbidades ser superior à observada entre os não imunizados. Assim, pacientes imunizados apresentam níveis mais baixos do Escore Unificado de Priorização (EUP) quando diagnosticados com COVID-19. Os dados sugerem que a vacinação contra COVID-19 reduziu significativamente a hospitalização e a morte de pacientes idosos (60 anos ou mais) após a administração de pelo menos uma dose. As comorbidades não alteram a idade média dos casos moderados/graves de COVID-19 e os dias de internação desses pacientes.