ARQUITETURA INSTITUCIONAL PÚBLICA: UMA INVESTIGAÇÃO SOBRE A PROPOSIÇÃO DE ESPAÇOS SEMI-PÚBLICOS
arquitetura institucional pública; cidade compacta; urbanidade; espaço público; integração edifício-cidade
A pesquisa investiga de que modo a arquitetura institucional pública brasileira tem respondido às diretrizes dos conceitos de cidade compacta e urbanidade, buscando compreender em que medida tais edificações, desde sua concepção, podem atuar como agentes de qualificação do espaço urbano. Parte-se do pressuposto de que o edifício público, ao articular espaços de transição e convivência, contribui para a ampliação do domínio coletivo e o fortalecimento da vida urbana. A hipótese orientadora considera que a produção recente dessa tipologia, no país, não tem incorporado de forma consistente os princípios que regem a cidade compacta e a urbanidade. O estudo estrutura-se em duas etapas: uma fase teórico-conceitual, baseada em revisão bibliográfica de autores como Herman Hertzberger, Jan Gehl, Josep M. Montaner, Richard Rogers e Carlos Alberto Maciel, que identificam estratégias projetuais voltadas à integração entre edifício e cidade; e uma fase empírica, dedicada à análise de estudos de caso de edificações públicas brasileiras realizadas entre 2011 e 2020, por meio de análises diagramáticas, sintáticas e textuais. O diagnóstico busca estabelecer um panorama crítico da produção institucional recente, avaliando sua aderência aos parâmetros espaciais que promovem a urbanidade e contribuindo, assim, para o debate sobre o papel social da arquitetura pública na construção de cidades mais integradas e humanas.