MULHERES, MÃES E MANDALAS: GUIA PARA CRIAÇÃO DE GRUPO DE APOIO COMPARTILHADO ENTRE GESTANTES
Educação em saúde; Gestação; Grupo de ajuda mútua; Mulheres.
Durante a gestação, as mulheres passam por uma série de transformações físicas, mentais e sociais que, como consequência, podem gerar ansiedade e medos. Uma das formas de enfrentamento dessa situação é o envolvimento em grupos de apoio compartilhado entre mulheres que vivem o mesmo processo. Este estudo busca, por meio da implicação da própria pesquisadora, apresentar um guia ilustrado para apoio à criação e desenvolvimento desses grupos. Este trabalho concentra-se em minhas experiências e implicações como mulher e gestante ativa, além de idealizadora de um grupo de gestantes no município de Caicó. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa e descritiva, que tem, como metodologia, a autoetnografia, que se caracteriza por uma escrita do “eu” que nos permite refletir sobre a própria experiência, ou a partir dela, para analisar questões da sociedade e/ou cultura à qual pertence. Para a coleta de dados, utilizou-se reflexões, memórias e o diário de campo da pesquisadora escritos durante a observação dos encontros virtuais de grupos de gestantes. A partir da experiência da pesquisadora, mobilizadas pelo desenrolar do grupo, foram pontuados temas emergentes relacionados com sua trajetória de vida na gestação/maternidade, a saber: “Ela não puxa, ela herda”; “Meu tesouro”; “Quando nasce uma criança, nasce uma mãe(?)”; “Não me deixe só” e “Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é”. A partir dessa análise temática, foi elaborado um guia para facilitar a criação de grupos de gestantes. Concluímos que os grupos de gestantes devem ser estimulados, pois se configuram como espaços de cuidado entre as participantes e que sua criação deve considerar o vínculo entre mulheres e a cultura do local onde será implementado.