RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL MATERNO-INFANTIL E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA A ASSISTÊNCIA À MULHER DURANTE O TRABALHO DE PARTO, PARTO E PÓS-PARTO
Parto normal; Parto humanizado; Prática profissional.
No Brasil, o processo de parto e nascimento encontra-se num cenário de medicalização e hospitalização, permanecendo um desafio a redução da morbimortalidade materna, perinatal e infantil para saúde pública. O presente estudo tem como objetivo geral: Compreender a atuação da Residência Multiprofissional Materno-Infantil/EMCM/UFRN na assistência à mulher durante o trabalho de parto, parto e pós-parto no Hospital do Seridó em Caicó/RN. Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa. A pesquisa foi realizada na maternidade do hospital. Foram aplicados instrumentos de coleta de dados aos preceptores, R2 e às puérperas de parto normal. Conforme a percepção das puérperas, alguns dados são bastante positivos, como o respeito à privacidade no local do parto, presença do acompanhante, deambulação livre, uso de alguns métodos não farmacológicos de alívio de dor e respeito à hora de ouro. Porém, algumas práticas deveriam ser eliminadas ainda acontecem, como a adoção da posição litotômica, manobra de kristeller e episiotomias. Sob a perspectiva dos profissionais, percebemos a importância dos residentes, ao verificar que eles implementaram o uso dos métodos não farmacológicos de alívio de dor (bola de bobath, espaldar ou barra de ling, massagens, banho morno, aromoterapia, cromoterapia, musicoterapia, exercícios respiratórios e de mobilidade pélvica) como uma forma de humanizar a assistência; os residentes acolhem, orientam, dão apoio para que as parturientes protagonizem o cenário; ajudaram a respeitar a hora de hora, na oferta da triagem neonatal e com a visita de vinculação, junto ao hospital. Relacionados às fragilidades encontradas no HS, são elencados: violência obstétrica, modelo medicalocêntrico, desatualização, quantitativo reduzido de profissionais, sobrecarga de trabalho, falta do preceptor, falha na comunicação, a estrutura física, escassez de materiais e equipamentos. Por último, para minimizar as fragilidades encontradas, é imprescindível, a capacitação profissional voltada às boas práticas de atenção ao parto, implantação de protocolos, e maiores investimentos em recursos humanos e materiais nesta maternidade.