Sintomas de Disfunções do Assoalho Pélvico em idosas da zona rural e urbana: estudo comparativo e análise do contexto sociodemográfico.
Palavras-chaves: Área Urbana. Distúrbios do Assoalho Pélvico. Envelhecimento. Idoso. Zona Rural.
Objetivo: O presente estudo objetivou comparar os sintomas auto relatados de Disfunções Musculares do Assoalho Pélvico (DMAP) entre idosas da zona rural e urbana, realizando ainda uma investigação do seu contexto sociodemográfico.
Métodos: Trata-se de um estudo transversal, quantitativo em que foram aplicados os questionários: sociodemográfico, Pelvic Floor Distress Inventory (PFDI-20), Pelvic Floor Impact Questionnaire (PFIQ-7), International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form (ICIQ-SF) e Quociente Sexual – Versão Feminina (QS-F). Os critérios de inclusão foram: idosas com idade superior a 60 anos, residentes da zona rural e urbana de um município no Sertão Paraibano, no período de julho de 2022 a agosto de 2023. Na análise estatística foram utilizados os testes de Shapiro-Wilk e o teste de Mann-Whitney. Foi considerado um p≤0,05.
Principais resultados: Participaram da pesquisa um total de 50 idosas, onde 25 pertenciam ao grupo cidade (GC) e 25 ao grupo rural (GR). Na análise do perfil sociodemográfico, o GR tinha mediana de idade superior, a renda familiar era menor, baixa escolaridade e relataram maior distância à UBS. Valores do escore total do PFDI-20 e da subescala “sintomas urinários” foram piores no GR (p=0,016, p=0,011), além disso, esse mesmo grupo foi responsável pela maior frequência de perda urinária e maior impacto na QV (p=0,023, p=0,027), avaliados pelo ICIQ-SF. A IUE foi a DMAP mais presente em ambos os grupos.
Considerações finais: Tanto as idosas da zona rural quanto da zona urbana relataram sintomas de DMAP. Neste estudo de base populacional, o local de moradia revelou efeito pequeno sob a ocorrência dos sintomas urinários entre as idosas. Características sociodemográficas heterogêneas pertencentes aos grupos, como taxa de analfabetismo, distâncias à unidade saúde, presença de comorbidade e sobrepeso podem ser considerados fatores influentes.