MSD BRASIL:ANÁLISE DAS CONDIÇÕES DE SAÚDE E FUNCIONALIDADE DE MULHERES
Palavras-chaves: Incapacidade, inquéritos epidemiológicos, Saúde da mulher, Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde.
Introdução: As mulheres são as usuárias mais frequentes do serviço de saúde, porém ao longo da história seus direitos à saúde nem sempre foram respeitados. A realidade da multiplicidade de funções, somados a fatores socioeconômicos podem predispor as mulheres a mais acometimentos em sua saúde, o que pode impactar na sua funcionalidade. Os inquéritos populacionais auxiliam a traçar o perfil de uma população sendo de suma importância no tracejo de metas e políticas públicas. Porém poucos inquéritos, no Brasil, são direcionados a conhecer a funcionalidade da da população feminina. Objetivos: Avaliar as condições de saúde e funcionalidade de mulheres por meio do Model Disability survel- MDS. Material e métodos: Trata-se de um estudo observacional transversal, de base populacional, com caráter quantitativo. O presente estudo é um recorte do projeto que foi desenvolvido pela Rede de Pesquisa e Inovação em Funcionalidade, Saúde e Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (Rede FUSÃO). Foram incluídas 385 mulheres para esta análise, as variáveis analisadas foram a funcionalidade através do módulo 4000 e as condições de saúde no módulo 5000. Resultado: Participaram do presente estudo um total de 385 mulheres, destas a maioria eram adultas (38,7%), casadas (38,7%), se autodeclaram pardas (44,7%) e possuíam ensino médio completo (17,9%). Ao serem questionadas como avaliavam sua saúde, a maioria das entrevistadas (50,9%), relatou ter uma saúde regular. 67,8% das mulheres referiu ter de 1 a 4 condições de saúde. Destas, as mais frequentes foram a hipertensão (40%), dor nas costas ou hérnia de disco e perda da visão, ambas com 32,5% e problemas para dormir (20%).Quando comparada saúde autorreferida e a incapacidade as participantes que referiram uma saúde ruim ou muito ruim tiveram piores escores de incapacidade para o aspecto mobilidade, estrutura e funções do corpo,atividade e participação. Conclusão: Diante dos achados é possível perceber que a maioria das mulheres referem ter uma saúde regular e que quanto pior a percepção de saúde autorreferida, piores são os escores de incapacidade.