ANÁLISE DO BEM-ESTAR E SUA RELAÇÃO COM A FUNCIONALIDADE DE MULHERES RESIDENTES EM SANTA CRUZ-RN POR MEIO DO INSTRUMENTO MODEL DISABILITY SURVEY (MDS) - BRASIL
Palavras-chave: Bem-estar Subjetivo. Saúde da Mulher. Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde. Funcionalidade. Inquérito de Saúde.
Introdução: O bem-estar é caracterizado por um construto multifatorial e multidimensional e representa as condições e avaliação do indivíduo frente a percepção e satisfação geral com sua própria vida mediante fatores objetivos e subjetivos. Mulheres, carregam uma gama de fatores que podem causar prejuízos a sua saúde e bem-estar geral, tais como a desigualdade de gênero, baixo auto-estima, tripla jornadas de trabalho, presença de doenças crônicas, dentre outros. Objetivo: Analisar o bem-estar e sua relação com a funcionalidade de mulheres residentes em Santa Cruz-RN através da aplicação do instrumento Model Disability Survey (MDS-Brasil). Métodos: Estudo transversal de base populacional, realizado a partir de uma pesquisa maior através da aplicação do MDS-Brasil na cidade de Santa Cruz –RN, utilizando-se de tablets para aplicação em um total de 500 pessoas. Para a presente pesquisa foi incluído dados de todas as mulheres participantes da pesquisa maior mediante ter 18 anos ou mais, com ou sem deficiência, que possuíam ou não escolaridade formal e que tinham capacidade cognitiva para responder ao questionário, sendo excluídas aquelas que desistiram sem ter finalizado a entrevista; totalizando dados de 385 mulheres. Foram considerados os dados do módulo 1000 e 2000 (renda, idade, estado civil, escolaridade e ocupação), módulo 4000 Funcionalidade e também do módulo 7000 Bem-Estar (I7001 a I7012 e I7015 a 7026) referente a qualidade de vida, solidão e bem-estar. Para a análise descritiva utilizou a média e desvio padrão e frequências simples e relativas, prevalências e intervalos de confiança, para a normalidade o teste Kolmogorov-Smirnov (K-S). Resultados: As mulheres apresentaram uma média de idade de 50,36, a maioria relatou ter parceiro, cor/raça parda; não ter trabalho e não declarou grau de escolaridade. A qualidade de vida geral foi avaliada em boa (49,4%) seguida de nem boa nem ruim (34,31%); a maioria relatou estar satisfeita ou muito satisfeita com sua capacidade de desempenhar as atividades de vida diária, consigo mesmo, relações pessoais e condições do local de moradia, em contrapartida a satisfação com a saúde geral foi tida como menos satisfeita. Menos da metade referiu ter total energia para o dia a dia (42,3%) e dinheiro suficiente (23,1%). Para a solidão, nunca: se sentem sozinhas (55,6%), falta de companhia (54,8%), abandonadas (81,8%) e isoladas dos outros (78,7%). Quanto ao bem-estar, menos da metade das mulheres referiram ter muita: felicidade, entusiasmo e disposição no dia anterior e a maioria disse não ter sentido raiva, frustração, tristeza, estresse, solidão, preocupação, tédio e dor, já o cansaço a maioria das mulheres tiveram sensação de cansaço (57,4%).