FOTOGRAFIAS DO COTIDIANO: PARTICIPAÇÃO DE CRIANÇAS COM MICROCEFALIA SEGUNDO A PERCEPÇÃO DOS PAIS
Criança, Participação, Síndrome Congênita do Zika vírus, Microcefalia, Photovoice.
Introdução: Crianças infectadas com o Zika Vírus podem apresentar, além da microcefalia, muitas outras alterações neurossensoriais, definida como Síndrome Congênita do Zika Vírus (SCZ), o que requer uma abordagem em saúde centrada na pessoa e na família. Neste sentido, a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) é uma ferramenta de classificação, baseado no modelo biopsicossocial, que possibilita uma linguagem única capaz de guiar o pensamento clínico e a tomada de decisões em saúde. Por ser uma condição nova, torna-se de extrema importância a realização de estudos que auxiliem no processo de reabilitação e facilitem o acesso da realidade dessas crianças e suas famílias. Objetivo: Conhecer, através da percepção dos pais e/ou cuidadores, a rotina de atividades em que as crianças com microcefalia por SCZV participam, utilizando o método Photovoice. Métodos: Trata-se de uma pesquisa com abordagem qualitativa, que será desenvolvida no Município de Santa Cruz – RN, por meio da aplicação do método Photovoice. Serão incluídos os responsáveis por essas crianças, que possuam a capacidade intelectual de executar as fases do estudo. Os voluntários irão participar de dois grupos focais, no primeiro haverá apresentação da pesquisa, elencando os objetivos, aspectos éticos e passos a serem desenvolvidos pelos cuidadores, bem como a entrega de câmeras fotográficas. Os participantes terão 15 dias para registrar as rotinas de participação das crianças em casa e na comunidade, seguindo um roteiro de perguntas norteadoras pré-determinado. Após esse período, ocorrerá o segundo grupo focal, com o intuito de selecionar e contextualizar as fotografias que farão parte do estudo. A análise dos dados seguirá o método indutivo, com análise dos discursos e categorização das falas baseadas na CIF. Resultados esperados: Espera-se auxiliar no processo de reabilitação das crianças com a SCZ, apresentando um retrato do cotidiano por meio da percepção dos pais ou cuidadores sobre a participação das crianças, além de gerar novos conhecimentos centrados no modelo da CIF e desenvolver um diálogo crítico sobre a realidade dos participantes.