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Dissertações |
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MARIA LETÍCIA DE LIMA MACHADO
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COMPARAÇÃO DA RESPOSTA IMUNOLÓGICA PERIFÉRICA E ACHADOS HISTOPATOLÓGICOS PLACENTÁRIOS DE GESTANTES E PUÉRPERAS INFECTADAS OU NÃO POR SARS-COV-2
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Orientador : RICARDO NEY OLIVEIRA COBUCCI
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MEMBROS DA BANCA :
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DEBORAH DE MELO MAGALHÃES PADILHA
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MARCELA ABBOTT GALVAO URURAHY
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RICARDO NEY OLIVEIRA COBUCCI
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Data: 18/01/2023
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A resposta imunológica de parturientes com a COVID-19, bem como, as alterações histopatológicas na placenta ocasionadas pela infecção ainda não foram bem esclarecidas. Dessa forma, a caracterização de subpopulações linfocitárias e células natural killer (NK), via citometria de fluxo, no sangue periférico de gestantes e puérperas infectadas ou não pelo SARS-CoV-2, em conjunto com a análise histopatológica placentária, podem contribuir com mais evidências sobre efeitos causados pela COVID-19 durante o período gravídico puerperal. Neste estudo transversal, os níveis periféricos de linfócitos T totais, linfócitos TCD4+ (ThL), linfócitos TCD8+ (TcL), linfócitos B e células NK, de gestantes e puérperas com PCR positivo e negativo para SARS-CoV- 2 foram comparados. Além disso, foi realizada a comparação dos achados histopatológicos placentários, pelo método de coloração Hematoxilina/Eosina, de parte das parturientes incluídas no estudo. A coleta das amostras de sangue periférico e do tecido placentário ocorreram entre os meses de maio de 2021 e março de 2022, em um hospital universitário da região nordeste do Brasil. A imunofenotipagem foi realizada em 99 mulheres, das quais 78 (78,8%) tiveram o diagnóstico de COVID-19 confirmado. Gestantes e puérperas infectadas pelo SARS-CoV-2 apresentaram níveis mais elevados de células T citotóxicas, mediana (ME) = 574.2; intervalo interquartil (IIQ) = 382.4, quando comparadas com pacientes não infectadas, ME = 404.7 ; IIQ = 363.5); p = 0.032. Foi realizada a análise histopatológica em 30 placentas das quais 10 parturientes tiveram diagnóstico de COVID-19 confirmado por PCR (33,3%). Os resultados revelaram níveis mais elevados de congestão, vilite crônica focal e funisite aguda em placentas de parturientes positivas para COVID-19. Parturientes negativas tiveram maior porcentagem de hemorragia intervilosa com formação de trombo, calcificação distrófica, infarto placentário exceto marginal e deciduíte aguda capsular. Entretanto, não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos e nem um padrão histopatológico predominante nas parturientes infectadas pelo vírus na amostra estudada para comparação dos achados placentários. Gestantes e puérperas com COVID-19 apresentaram níveis significativamente mais elevados de células T citotóxicas no sangue periférico, mas não houve diferença nos achados histopatológicos placentários, apesar do grupo com a infecção confirmada ter apresentado maior percentual de congestão, vilite crônica focal e funisite aguda.
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The immune response of pregnant women with COVID-19, as well as the histopathological changes in the placenta caused by the infection, have not yet been elucidated. The characterization of lymphocyte subpopulations and natural killer (NK) cells, via flow cytometry, in the peripheral blood of pregnant and postpartum women infected or not by SARS-CoV-2, together with placental histopathological analysis, can contribute with more evidence on the effects caused by COVID-19 during the puerperal pregnancy period. In this cross-sectional study, the peripheral levels of total T lymphocytes, TCD4+ lymphocytes (ThL), TCD8+ lymphocytes (TcL), B lymphocytes and NK cells, in pregnant and postpartum women with positive and negative PCR for SARS-CoV-2 were compared. In addition, a comparison of placental histopathological findings was performed, using the Hematoxylin/Eosin staining method, of part of the parturients included in the study. The collection of peripheral blood and placental tissue samples took place between May 2021 and March 2022, in a teaching hospital in the northeast region of Brazil. Immunophenotyping was performed in 99 women, of which 78 (78.8%) had a confirmed diagnosis of COVID-19. Pregnant women and postpartum women infected with SARS-CoV-2 had higher levels of cytotoxic T cells, median (ME) = 574.2; interquartile range (IIQ) = 382.4, when compared with uninfected patients, ME = 404.7; IIQ = 363.5); p = 0.032. Histopathological analysis was performed on 30 placentas, of which 10 parturients had a diagnosis of COVID-19 confirmed by PCR (33.3%). Results revealed higher levels of congestion, focal chronic villitis, and acute funisitis in placentas from COVID-19 positive parturients. Negative parturients had a higher percentage of intervillous hemorrhage with thrombus formation, dystrophic calcification, placental infarction except marginal and acute capsular deciduitis. However, there was no statistically significant difference between the groups, nor a predominant histopathological pattern in pregnant women infected by the virus in the sample studied for comparison of placental findings. Pregnant women and postpartum women with COVID-19 had significantly higher levels of cytotoxic T cells in peripheral blood, but there was no difference in placental histopathological findings, although the group with confirmed infection had a higher percentage of congestion, focal chronic vilitis and acute funisitis.
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JESSICA DAYANNA LANDIVAR COUTINHO
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O impacto positivo do aconselhamento genético em pacientes de alto risco para câncer familiar/hereditário.
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Orientador : DANIELLA REGINA ARANTES MARTINS SALHA
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MEMBROS DA BANCA :
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DANIELLA REGINA ARANTES MARTINS SALHA
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ANA KATHERINE DA SILVEIRA GONCALVES DE OLIVEIRA
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KLEYTON SANTOS DE MEDEIROS
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Data: 23/03/2023
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O aconselhamento genético (AG) tornou-se um serviço de estratégia preventiva essencial para o manejo de pacientes de alto risco para câncer hereditário na era pós-genômica. A identificação de variantes de alto risco ao câncer em portadoras assintomáticas e o controle do seu risco demonstraram reduzir o câncer de mama e a taxa de mortalidade. O Brasil é um país continental de renda média com uma população heterogênea que se sugere ter a maior variação genética interna das populações amostradas. O presente estudo tem como objetivo avaliar os indicadores clínicos, sociodemográficos e comportamentais em pacientes de alto risco submetidos ao AG para câncer hereditário desde 2009, em um hospital de atenção ao câncer. O serviço recebeu 139 pacientes, sendo que 63,3% dos pacientes não tinham ensino superior, 89,3% tinham menos de 60 anos; 94% tiveram câncer de mama como diagnóstico primário e 23,7% carregam uma variante germinativa em genes de alto risco. A sobrevida global em 5 anos foi de 88,6%, sem diferença significativa entre os pacientes com mutação germinativa (IC 95%, p = 0,138). Após AG, 68,7% e 55,6% dos pacientes apresentaram score normal para depressão e ansiedade, respectivamente, independentemente da idade ao diagnóstico. Além disso, a decisão de se submeter à mastectomia redutora de risco (MRR) não foi influenciada pelos sintomas depressivos ou ansiosos. No entanto, 44,4% das mulheres com mais de 60 anos não apresentaram vontade de realizar a MRR. Entre os pacientes com variante patogênica, 58% afirmam que o diagnóstico de mutação germinativa foi capaz de modificar hábitos cotidianos, 91,7% das mulheres conseguiram entender o significado da mutação germinativa e as implicações para a saúde delas e da família, porém, isso estava diretamente relacionado ao nível de escolaridade. Esses resultados reafirmam o impacto do AG em uma região subdesenvolvida do país com alta consanguinidade parental, heterogeneidade fenotípica e destaca a disparidade de saúde do câncer que existe para a população de alto risco.
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Genetic counseling (GC) has become a pivotal health preventive strategy service to manage high-risk patients for hereditary cancer in the genomic era. Identifying high-risk cancer variants in asymptomatic carriers and controlling their risk has been shown to reduce breast cancer and mortality. Brazil is a continental middleincome country with an admixture population that are suggested to have the highest internal genetic variation of sampled populations. The present study aims to evaluate clinical, sociodemographic and behavioral indicators in high-risk patients undergoing GC for hereditary cancer since 2009, in a cancer care hospital. The service has received 139 patients, where 63.3% of patients did not have higher education, 69.3% had less than 60 y; 91% had breast cancer as a primary diagnosis and 23.7% carries a germline variant in high-risk genes. The 5 years overall survival was 88.6%, with no significant difference between patients with germline mutation (95% CI, p = 0.138). After GC, 90.9% and 73.3% of the patients had mild/normal score for depression and anxiety, respectively, and regardless of age at diagnosis. Moreover, the decision of undergoing risk-reducing mastectomy (RRM) was not influenced by the depressive or anxious symptoms. However, 44.4% of women aged more than 60y did not present willingness to undergo RRM. Among patients with pathogenic variant, 58% state that the diagnosis of germline mutation was able to modify unhealth habits, 91.7% of the women could understand the meaning of germline mutation and the implications to their and family’s health, however, this was directly related to the education level. These results reaffirm the challenges of GC in an underdeveloped region of the country with high parental consanguinity, phenotypic heterogeneity and highlight the cancer health disparity that exists for the high-risk population.
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FERNANDA CATARINA RIBEIRO
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ANÁLISE COMPARATIVA DA EFETIVIDADE DOS POLIFENÓIS TÓPICOS E ORAIS NO ENVELHECIMENTO DA PELE EM MULHERES: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA.
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Orientador : RAND RANDALL MARTINS
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MEMBROS DA BANCA :
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RAND RANDALL MARTINS
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RODRIGO DOS SANTOS DINIZ
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FRANCISCA SUELI MONTE MOREIRA
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Data: 26/04/2023
Ata de defesa assinada:
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Introdução: O envelhecimento da pele em mulheres correlaciona-se sobretudo a exposição à irradiação solar com eventos da menopausa, como o hipoestrogenismo. Paralelamente ao aumento da expectativa de vida, ambos se associam a indução do estresse oxidativo, motivando os sinais e sintomas da senescência. O desenvolvimento de fitoterápicos a base de polifenóis pode minimizar os efeitos indesejados do desgaste cutâneo, destacando os flavonoides. Apesar do seu provável potencial benéfico, há limitações na literatura. Objetivo: Elaborar uma revisão sistemática de ensaios clínicos, abordando a eficácia dos compostos polifenóis no retardo do envelhecimento cutâneo em mulheres comparando as vias orais e tópicas. Metodologia: Uma pesquisa bibliográfica foi realizada nas bases de dados eletrônicas MEDLINE (via PubMed), Cochrane, Embase e Web of Science, publicados no período entre os anos de 2012 e 2022. Os estudos elegíveis foram ensaios randomizados, duplocegos e controlados, com exceção de um estudo que não abrangeu um grupo comparador. Foram selecionados estudos que avaliaram a eficácia de um fitoterápico isolado ou combinado, que relataram seguintes desfechos: elasticidade (R2) e rugosidade ou volume das rugas (visiômetro ou Primos). Resultados: Após a recuperação dos artigos, foram selecionados 13 estudos, apresentando número total de participantes variando entre 20 e 120 indivíduos, composto por mulheres saudáveis com idade entre 30 e 65 anos, com o critério de inclusão predominante sendo presença de rugas (usualmente o Wrinkles score ≥ 3) e com protocolo de intervenção aplicado na face. Foram identificados quatro estudos com baixo risco de viés e numerosa heterogeneidade quanto as plantas utilizadas. Resultados favoráveis foram exibidos na elasticidade e rugosidade, sendo atestados com oito semanas de administração tópica, e doze pela via oral. Conclusão: Destacamos que os fitoterápicos a base de polifenóis impacta positivamente na elasticidade e rugosidade da pele. Além da biomolécula, ressaltamos a importância do tempo e da via de administração para atingir o efeito esperado, visto que a via tópica revelou brevidade na resposta comparado a via oral. Ademais, identificamos na literatura a diversidade de compostos testados e fragilidades metodológicas, fazendo-se necessário mais ensaios metodologicamente consolidados.
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Introduction: Skin aging in women is mainly correlated with exposure to solar radiation with menopausal events, such as hypoestrogenism. In parallel with the increase in life expectancy, both are associated with the induction of oxidative stress, motivating the signs and symptoms of senescence. The development of phytotherapics based on polyphenols can minimize the unwanted effects of skin wear, highlighting flavonoids. Despite its probable beneficial potential, there are limitations in the literature. Objective: To develop a systematic review of clinical trials, addressing the effectiveness of polyphenol compounds in delaying skin aging in women, comparing oral and topical routes. Methodology: A literature search was carried out in the electronic databases MEDLINE (via PubMed), Cochrane, Embase and Web of Science, published between the years 2012 and 2022. Eligible studies were randomized, double-blind, controlled trials, with the exception of one study that did not include a comparator group. Studies were selected that evaluated the effectiveness of an isolated or combined herbal medicine, which reported the following outcomes: elasticity (R2) and roughness or volume of wrinkles (visiometer or Primos). Results: After retrieving the articles, 13 studies were selected, with a total number of participants ranging from 20 to 120 individuals, composed of healthy women aged between 30 and 65 years, with the predominant inclusion criterion being the presence of wrinkles (usually the Wrinkles score ≥ 3) and with intervention protocol applied on the face. Four studies with low risk of bias and high heterogeneity regarding the plants used were identified. Favorable results were shown in elasticity and roughness, being attested after eight weeks of topical administration, and twelve orally. Conclusion: We emphasize that herbal medicines based on polyphenols have a positive impact on skin elasticity and roughness. In addition to the biomolecule, we emphasize the importance of time and route of administration to achieve the expected effect, since the topical route revealed brevity in the response compared to the oral route. Furthermore, we identified in the literature the diversity of tested compounds and methodological weaknesses, making more methodologically consolidated tests necessary.
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LISIEUX DE LOURDES MARTINS NOBREGA
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LASERTERAPIA NO TRATAMENTO DA SÍNDROME GENITOURINÁRIA DA MENOPAUSA: REVISÃO SISTEMÁTICA E METANÁLISE DE ENSAIOS CLÍNICOS RANDOMIZADOS.
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Orientador : RICARDO NEY OLIVEIRA COBUCCI
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MEMBROS DA BANCA :
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RICARDO NEY OLIVEIRA COBUCCI
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MARIA THEREZA ALBUQUERQUE BARBOSA CABRAL MICUSSI
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MARIA IRANY KNACKFUSS
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Data: 27/04/2023
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A terapia a laser tem sido proposta para melhorar os sintomas da síndrome geniturinária da menopausa (SGM), principalmente em mulheres que não aceitam ou apresentam alto risco de complicações se forem submetidas à terapia hormonal. No entanto, estudos avaliando a eficácia e segurança do tratamento a laser para SGM, têm mostrado resultados controversos. Dessa maneira, o objetivo do estudo consiste em avaliar os efeitos da laserterapia em pacientes menopausadas com SGM. Foi realizado uma Revisão sistemática e Metanálise de Ensaios Clínicos Randomizados (ECR) a partir de protocolo publicado em revista científica, registrado prospectivamente através do Registro Prospectivo Internacional de Revisões Sistemáticas (PROSPERO/ CRD42021253605) e de acordo com Preferred Reporting Items for Systematic Review and Meta-analysis (PRISMA 2020), usando a estratégia PICOS para encontrar ECR com mulheres na pós-menopausa submetidas a terapia com laser, placebo, nenhuma terapia ou estrogênio vaginal para SGM. Os ensaios clínicos randomizados e quase randomizados, independentemente do idioma de publicação, foram pesquisados nas bases de dados por meio de termos-chaves, sendo incluídos doze em que nos resultados foram avaliados a atrofia vaginal, pH, secura, dispareunia, prurido, ardor, disúria, frequência e/ou urgência e incontinência urinária. O laser de dióxido de carbono (CO2) aumenta o escore do índice de saúde vaginal (VHI) e diminui a dispareunia, a secura e a ardência, especialmente quando comparado ao placebo (SHAM). No entanto, com baixa certeza de evidência, comprometendo a recomendação para uso na SGM.
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Laser therapy has been proposed to improve the symptoms of genitourinary syndrome of menopause (GSM), especially in women who do not accept or have a high risk of complications if they undergo hormonal therapy. However, studies evaluating the efficacy and safety of laser treatment for GSM have shown controversial results. Therefore, the objective of the study is to evaluate the effects of laser therapy in menopausal patients with GSM. A systematic review and meta-analysis of randomized clinical trials (RCTs) was carried out based on a protocol published in a scientific journal, prospectively registered through the International Prospective Register of Systematic Reviews (PROSPERO/CRD42021253605) and following the Preferred Reporting Items for Systematic Review and Meta-analysis Protocol, using the PICOS strategy to find studies with postmenopausal women without treatment, or undergoing laser therapy, placebo, or vaginal estrogen for GSM. According to the protocol, randomized and quasi-randomized clinical trials, regardless of the language of publication, were searched in databases using keywords, and 12 were included whose results were systematically evaluated for vaginal atrophy, pH, dryness, dyspareunia, itching, burning, dysuria, frequency, urgency, and urinary incontinence. The review provided evidence that carbon dioxide (CO2) laser increases the Vaginal Health Index (VHI) score and decreases dyspareunia, dryness, and burning, especially when compared to placebo, but with low certainty of evidence.
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STEPHANY ANN COSTA ROSARIO
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Associação da presença de proteinúria na pré-eclâmpsia com os desfechos maternos e neonatais.
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Orientador : MARCELA ABBOTT GALVAO URURAHY
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MEMBROS DA BANCA :
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MARCELA ABBOTT GALVAO URURAHY
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DANIELLA REGINA ARANTES MARTINS SALHA
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JEFFERSON ROMÁRYO DUARTE DA LUZ
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Data: 11/05/2023
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A pré-eclâmpsia (PE) durante muito tempo foi diagnosticada baseada na tríade edema, proteinúria e hipertensão, com o avanço dos estudos o edema e a proteinúria tornaram-se critérios relacionados a gravidade e não necessariamente ao diagnóstico. Nesse sentido este trabalho buscou identificar qual a correlação entre piores desfechos de gestantes com diagnóstico de PE e neonatos, considerando que a proteinúria hoje é critério diagnóstico dispensável da doença. Esse trabalho trata-se de um estudo longitudinal, prospectivo e observacional realizado no período de janeiro a outubro de 2022 na Maternidade Escola Januário Cicco, aprovado pelo comitê de ética em pesquisa do HUOL. A população do estudo foi constituída por 32 gestantes e seus recém-nascidos (RN), classificadas de acordo com a avaliação da proteinúria qualitativa na tira, sendo Proteinúria negativa ou traços (n=13) e Proteinúria ≥ 1+ (n=19). Foram coletadas amostras de sangue das gestantes em jejum, em tubo sem anticoagulante para avaliação bioquímica, utilizando o equipamento Dimension RxL (Siemens, São Paulo, SP, Brasil) e em tubo com anticoagulante ácido etilenodiamino tetra-acético (EDTA) a fim de avaliar os parâmetros hematológicos, no equipamento Advia 2120i (Siemens, São Paulo, SP, Brasil). A proteinúria foi mensurada na admissão por avaliação qualitativa em amostra de urina isolada (tira reativa Uri-Color Check da WAMA diagnóstica, São Carlos, SP, Brasil), foram coletados dados do prontuário eletrônico das gestantes e de seus respectivos neonatos, no Aplicativo de Gestão dos Hospitais Universitários (AGHU). Na análise estatística foram utilizados os testes de Shapiro-Wilk, Mann-Whitney, Spearman e qui-quadrado. As avaliações foram realizadas usando SPSS Statistics versão 20.0 (IBM, Nova York, EUA). Valores de p menores que 0,05 foram considerados estatisticamente significativos. Dentre os resultados obtidos podemos destacar que 28 (87,5%) das gestantes estavam internadas no setor de alto risco, sendo 12 (92,3%) do grupo proteinúria negativa ou traços e 16 (84,2%) do grupo proteinúria ≥1+, a via de parto predominante foi cesárea, em sua maioria os RN apresentaram prematuridade, baixo peso ao nascer, em sua maioria necessitaram de internação (p=0,007). Além disso, 15 (78,9%) RN do grupo proteinúria ≥ 1+ necessitaram de suporte ventilatório (p=0,020). Foram observadas diferença entre os grupos em relação a pressão arterial diastólica no momento do parto (p<0,018), acido úrico (p<0,012), ureia (p<0,030), AST (p<0,001), ALT (p<0,033), LDH (p<0,005), proteínas totais (p<0,004), albumina (p<0,001). As principais correlações positivas observadas foram entre idade materna e proteínas totais (r=0,404; p<0,024), peso ao nascer e proteína total (r=0,511; p<0,009) e LDH e AST (r=0,727;p=0,001), as correlações negativas observadas foram pressão arterial no parto e proteínas totais (r=0,670; p=0,001), proteínas totais e AST (r=0,719;p=0,001), albumina e AST (r=0,728;p=0,001), Albumina e proteínas totais (r=0,882;p=0,001), ureia e IG ao nascer (r=0,721;p=0,001), Ureia e peso ao nascer (r=0,667;p<0,001). Assim, pode-se concluir que a presença de proteinúria esteve associada a desfechos negativos tanto maternos quanto neonatais.
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Preeclampsia (PE) for a long time was diagnosed based on the triad of edema, proteinuria and hypertension; with the advance of studies, edema and proteinuria became criteria related to severity and not necessarily to diagnosis, thus the presence of hypertension together with isolated proteinuria are not decisive criteria for the diagnosis of PE. In this sense, this study aimed at identifying the correlation between worsening of the clinical picture of pregnant women diagnosed with preeclampsia and neonates, considering that proteinuria is nowadays an unnecessary diagnostic criterion for the disease.
This is a longitudinal, prospective, observational study carried out from January to October 2022 at the Januário Cicco Maternity School. The study population consisted of 32 pregnant women and their newborns (NB), classified according to the assessment of qualitative proteinuria in the strip, being Proteinuria negative or traces (n=13) and Proteinuria ≥ 1+ (n=19). Blood samples were collected from fasting pregnant women in a tube without anticoagulant for biochemical evaluation (10ml), analyzed using the Dimension RxL equipment (Siemens, São Paulo, SP, Brazil) and collected (4ml) in a tube with anticoagulant ethylenediaminetetraacetic acid (EDTA) in order to assess hematological parameters, analyzed by Advia 2120i equipment (Siemens, São Paulo, SP, Brazil). Proteinuria was measured at admission by qualitative evaluation in isolated urine sample (Uri-Color Check reactive strip from WAMA Diagnóstica, São Carlos, SP, Brazil).
Data were collected from the electronic medical records of pregnant women and their respective neonates in the University Hospitals Management Application (AGHU). The distribution of continuous variables was assessed by the Shapiro-Wilk test, and all variables were considered nonparametric. Non-parametric data were
analyzed by the Mann-Whitney test and correlated by Spearman. Regarding differences between categorical variables, these were tested by chi-square analysis. The evaluations were performed using SPSS Statistics version 20.0 (IBM, New York, USA). P values lower than 0.05 were considered statistically significant.
Among the results obtained we can highlight that 28 (87.5%) of the pregnant women were admitted to the high-risk sector, 12 (92.3%) from the negative or trace proteinuria group and 16 (84.2%) from the proteinuria ≥1+ group, the predominant route of delivery was cesarean section, most of the NB presented prematurity, low birth weight, and most of them required hospitalization (p=0.007). In addition, 15 (78.9%) RNs in the proteinuria ≥ 1+ group required ventilatory support (p=0.020). Differences were observed between groups regarding diastolic blood pressure at the time of delivery (p<0.018), uric acid (p<0.012), urea (p<0.030), AST (p<0.001), ALT (p<0.033), LDH (p<0.005), total protein (p<0.004), albumin (p<0.001). The main positive correlations observed were between maternal age and total proteins (r=0.404; p<0.024), birth weight and total protein (r=0.511; p<0.009) and LDH and AST (r=0.727;p=0.001), the negative correlations observed were blood pressure at delivery and total proteins (r=0.670; p=0.001), total proteins and AST (r=0.719;p=0.001), albumin and AST (r=0.728;p=0.001), Albumin and total proteins (r=0.882;p=0.001), urea and GI at birth (r=0.721;p=0.001), Urea and birth weight (r=0.667;p<0.001).Thus, proteinúria was associated to poorer mother and neonatal outcomes.
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