Projeto Pedagógico do Curso

Em consonância com as Diretrizes curriculares para os cursos de Engenharia (Resolução CNE/CES No 2/2019), o perfil do egresso do curso de graduação em EA da UFRN compreende principalmente as seguintes características: I - Ter visão holística e humanista, ser crítico, reflexivo, criativo, cooperativo e ético e com forte formação técnica; II - Estar apto a pesquisar, desenvolver, adaptar e utilizar novas tecnologias, com atuação inovadora e empreendedora; III - ser capaz de reconhecer as necessidades dos usuários, formular, analisar e resolver, de forma criativa, os problemas de EA; IV - Adotar perspectivas multidisciplinares e transdisciplinares em sua prática; V - Considerar os aspectos globais, políticos, econômicos, sociais, ambientais, culturais e de segurança e saúde no trabalho; VI - Atuar com isenção e comprometimento com a responsabilidade social e com o desenvolvimento sustentável. O curso de EA da UFRN fundamenta-se na formação sólida, ética, crítica e no compromisso com a cidadania e o desenvolvimento sustentado. Sob uma formação multidisciplinar, os profissionais engenheiros ambientais serão capazes de avaliar e minimizar os efeitos adversos dos impactos relacionados às atividades antrópicas e naturais. Assim, em consonância com a Resolução CNE/CES No 2/2019, o Engenheiro Ambiental formado na UFRN tem formação “generalista, humanista, crítica e reflexiva, capacitando-o a absorver e desenvolver novas tecnologias, estimulando a sua atuação crítica e criativa na identificação, equacionamento e resolução de problemas do campo profissional, considerando seus aspectos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais, com visão ética e humanística, em atendimento às demandas da sociedade”. Além disso, o curso de EA da UFRN busca promover uma formação empreendedora, inovadora e crítica, voltada às atividades práticas, não somente em disciplinas da estrutura curricular, mas também no desenvolvimento de projetos e outras atividades que capacitam o discente a pensar e resolver problemas e situações cotidianas, tornando-o um profissional atuante e capacitado para os desafios do mercado de trabalho. Segundo a resolução CONFEA n° 477, de 22 de setembro de 2000, “compete ao Engenheiro Ambiental, desde que devidamente registrado, o desempenho das atividades referentes à administração, gestão e ordenamento ambientais e ao monitoramento e mitigação de impactos ambientais, seus serviços afins e correlatos”. Nesse sentido, em consonância com os Referenciais Nacionais dos Cursos de Bacharelado e Licenciatura, o Engenheiro Ambiental formado na UFRN está capacitado para desenvolver a gestão, supervisão, coordenação, assistência, assessoria e consultoria de atividades técnicas relacionadas ao ambiente; assim como a direção, execução, fiscalização e condução de obras ou serviços técnicos que visem analisar, monitorar, controlar, mitigar e remediar os efeitos das atividades antrópicas e fenômenos naturais. Além disso, esse profissional tem competência para vistoriar, periciar, avaliar e auditar passivos ambientais; além de estender sua ação nas áreas de ensino, pesquisa, análise, extensão, padronização, mensuração, controle de qualidade e divulgação técnico-científica e cultural. Também tem competência para planejar o aproveitamento dos recursos naturais e da riqueza biológica, o controle sanitário do ambiente, incluindo a poluição ambiental e os vetores de doenças. No século XXI, o mundo do trabalho apresenta novas demandas que incluem ações sustentáveis, uso eficiente dos recursos naturais e redução dos impactos ambientais das atividades humanas. Nesse sentido, o Engenheiro Ambiental egresso da UFRN é capacitado para atuar em diversas áreas nas quais há carência de profissionais qualificados – principalmente na região Nordeste e em particular no estado do Rio Grande do Norte –, como avaliação de impactos ambientais, projeto de sistemas de saneamento (água, esgoto, resíduos sólidos, drenagem), gestão de resíduos contaminados, planejamento ambiental, gestão dos recursos hídricos, controle da poluição do ar, da água e do solo, transporte de poluentes em águas subterrâneas, gestão de resíduos sólidos e perigosos, licenciamento ambiental, análise de ciclo de vida de produtos, entre outras áreas. O engenheiro ambiental pode atuar em indústrias, empresas de consultoria ambiental, órgãos públicos e organizações não governamentais, sempre com uma visão crítica, multidisciplinar e comprometida com a sustentabilidade.

O CEA da UFRN deve proporcionar aos seus egressos, ao longo da formação, as seguintes competências gerais, em concordância com as DCN (Resolução CNE/CES N° 2/2019). Sendo as competências a seguir classificadas como competências básicas das Engenharias (CE): CE1 - Formular e conceber soluções desejáveis de engenharia, analisando e compreendendo os usuários dessas soluções e seu contexto sendo (a) capaz de utilizar técnicas adequadas de observação, compreensão, registro e análise das necessidades dos usuários e de seus contextos sociais, culturais, legais, ambientais e econômicos; para (b) formular, de maneira ampla e sistêmica, questões de engenharia, considerando o usuário e seu contexto, concebendo soluções criativas, bem como o uso de técnicas adequadas; CE2 - Analisar e compreender os fenômenos físicos e químicos por meio de modelos simbólicos, físicos e outros, verificados e validados por experimentação sendo capaz de (a) modelar os fenômenos, os sistemas físicos e químicos, utilizando as ferramentas matemáticas, estatísticas, computacionais e de simulação, entre outras; (b) prever os resultados dos sistemas por meio dos modelos; (c) conceber experimentos que gerem resultados reais para o comportamento dos fenômenos e sistemas em estudo e; (d) verificar e validar os modelos por meio de técnicas adequadas; CE3 - conceber, projetar e analisar sistemas, produtos, componentes ou processos sendo capaz de (a) conceber e projetar soluções criativas, desejáveis e viáveis, técnica e economicamente, nos contextos em que serão aplicadas; (b) projetar e determinar os parâmetros construtivos e operacionais para as soluções de Engenharia; (c) aplicar conceitos de gestão para planejar, supervisionar, elaborar e coordenar projetos e serviços de Engenharia; CE4 - Implantar, supervisionar e controlar as soluções de Engenharia sendo capaz de (a) aplicar os conceitos de gestão para planejar, supervisionar, elaborar e coordenar a implantação das soluções de Engenharia; (b) estar apto a gerir, tanto a força de trabalho quanto os recursos físicos, no que diz respeito aos materiais e à informação; (c) desenvolver sensibilidade global nas organizações; (d) projetar e desenvolver novas estruturas empreendedoras e soluções inovadoras para os problemas; (e) realizar a avaliação crítico-reflexiva dos impactos das soluções de Engenharia nos contextos social, legal, econômico e ambiental; CE5 - Comunicar-se eficazmente nas formas escrita, oral e gráfica sendo capaz de expressar-se adequadamente, seja na língua pátria ou em idioma diferente do Português, inclusive por meio do uso consistente das tecnologias digitais de informação e comunicação (TDICS), mantendo-se sempre atualizado em termos de métodos e tecnologias disponíveis; CE6 - Trabalhar e liderar equipes multidisciplinares sendo capaz de (a) interagir com as diferentes culturas, mediante o trabalho em equipes presenciais ou a distância, de modo que facilite a construção coletiva; (b) atuar, de forma colaborativa, ética e profissional em equipes multidisciplinares, tanto localmente quanto em rede; (c) gerenciar projetos e liderar, de forma proativa e colaborativa, definindo as estratégias e construindo o consenso nos grupos; (d) reconhecer e conviver com as diferenças socioculturais nos mais diversos níveis em todos os contextos em que atua (globais/locais); (e) preparar-se para liderar empreendimentos em todos os seus aspectos de produção, de finanças, de pessoal e de mercado; CE7 - Conhecer e aplicar com ética a legislação e os atos normativos no âmbito do exercício da profissão sendo capaz de (a) compreender a legislação, a ética e a responsabilidade profissional e avaliar os impactos das atividades de Engenharia na sociedade e no meio ambiente; (b) atuar sempre respeitando a legislação, e com ética em todas as atividades, zelando para que isto ocorra também no contexto em que estiver atuando; e CE8 - Aprender de forma autônoma e lidar com situações e contextos complexos, atualizando-se em relação aos avanços da ciência, da tecnologia e aos desafios da inovação sendo capaz de (a) assumir atitude investigativa e autônoma, com vistas à aprendizagem contínua, à produção de novos conhecimentos e ao desenvolvimento de novas tecnologias. (b) aprender a aprender. As competências associadas ao ciclo básico (C), responsável pela formação do discente no Bacharelado Interdisciplinar em Ciências e Tecnologia são apresentadas a seguir: C1 - Capacidade de identificar, avaliar e resolver problemas, enfrentar desafios e responder a novas demandas da sociedade contemporânea C2 - Capacidade de comunicação e argumentação em suas múltiplas formas; C3 - Capacidade de atuar em áreas de fronteira e interfaces de diferentes disciplinas e campos de saber; C4 - Atitude investigativa, de prospecção, de permanente busca e produção do conhecimento; C5 - Capacidade de reconhecer especificidades regionais ou locais, contextualizando-as e relacionando-as com a situação global; C6 - Atitude ética nas esferas profissional, acadêmica e das relações interpessoais; C7 - Comprometimento com a sustentabilidade nas relações entre ciência, tecnologia, economia, sociedade e ambiente; C8 - Capacidade de tomar decisões em cenários de imprecisões e incertezas; C9 - Capacidade de utilizar tanto tecnologias clássicas quanto novas, de modo que formem a base das atividades profissionais; C10 - Capacidade de empreendedorismo nos setores público, privado e do terceiro setor; C11 - Capacidade de planejar, supervisionar, elaborar e coordenar projetos de pesquisa na área de sua formação; C12 - Capacidade de avaliar criticamente o impacto social e a viabilidade econômica das iniciativas na área de Ciências e Tecnologia; C13 - Capacidade de utilizar tecnologias e metodologias reconhecidas na área das ciências; C14 - Capacidade de trabalhar em grupo e em equipes multidisciplinares, gerenciando projetos, coordenando equipes e pessoas em qualquer área em que venha a se inserir profissionalmente; C15 - Capacidade de aprendizado autônomo e a distância. Levando em conta as particularidades do CEA da UFRN, bem como as necessidades específicas do estado do RN e da região NE e do mercado de trabalho do século XXI, foram definidas as Competências Profissionais (CP) dos Engenheiros Ambientais formados no curso, listadas a seguir: CP1 - Conceber, projetar e operar sistemas de infraestrutura de saneamento básico. CP2 - Conceber, projetar e operar sistemas de controle ambiental. CP3 - Avaliar a viabilidade de projetos, sob os aspectos técnico, econômico, social e ambiental. CP4 - Elaborar, coordenar, supervisionar e acompanhar a execução de planejamento e de políticas públicas na área de engenharia ambiental, incluindo atuações de caráter emergencial. CP5 - Conceber e implementar medidas de prevenção e mitigação de impactos e programas de monitoramento ambiental nos compartimentos água, solo e atmosfera. CP6 - Elaborar levantamentos e diagnósticos ambientais para caracterização dos meios físico e biótico (compartimentos água, solo e atmosfera) e antrópicos e para empreendimentos de diferentes atividades econômicas e propor ações de gestão apontando possibilidades e meios para minimização de possíveis impactos causados ao meio ambiente. CP7 - Elaborar estudos de impacto ambiental e os correspondentes relatórios, laudos, pareceres etc. CP8 - Desenvolver, utilizar e interpretar modelos matemáticos de representação de sistemas ambientais nos compartimentos água, solo e atmosfera. CP9 - Exercer atividades de gestão ambiental em empresas ou no setor público, incluindo a gestão dos recursos hídricos e de sistemas de saneamento. CP10 - Elaborar e executar projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D), incluindo: a concepção do projeto, o planejamento dos experimentos, a interpretação dos resultados, a elaboração das conclusões e a redação do documento final (patente, relatório, artigo etc.). CP11 - Elaborar e executar projetos de controle, mitigação e recuperação de áreas degradadas. CP12 - Obter e/ou elaborar e manipular produtos cartográficos estruturados em Sistemas de Informação Geográfica (SIG). CP13 - Comunicar-se eficazmente nas formas escrita, oral e gráfica. CP14 - Trabalhar e liderar equipes multidisciplinares, de forma proativa e colaborativa, definindo as estratégias e construindo o consenso nos grupos; reconhecer e conviver com as diferenças socioculturais nos mais diversos níveis em todos os contextos em que atua (globais/locais).

Nos últimos 10 anos, a UFRN procurou redimensionar as estratégias do processo ensino-aprendizagem por meio da construção de novos itinerários formativos, com a incorporação de princípios como a flexibilidade, a mobilidade estudantil e a interdisciplinaridade de modo a proporcionar oportunidades diferenciadas de integralização curricular. Políticas para a melhoria da qualidade do ensino, das condições de acessibilidade e inclusão, bem como para a formação docente, vêm sendo desenvolvidas e são consideradas rigorosamente essenciais ao alcance de uma universidade inovadora, inclusiva, socialmente referenciada, reconhecida nacional e internacionalmente pela sua excelência acadêmica e de gestão. Portanto, essa atividade-fim da UFRN deve gravitar em torno do desenvolvimento de um processo de ensino e aprendizagem fundamentado na construção ativa do conhecimento, que se dê por meio de práticas pedagógicas inovadoras capazes de permitir a aprendizagem colaborativa e o desenvolvimento integral do educando. Tais premissas devem conduzir o ato educativo, direcionando a mediação didática no processo de apropriação dos saberes, estabelecendo interações e trocas entre docentes e discentes em uma dinâmica curricular interdisciplinar e multirreferenciada. É necessário considerar, ainda, as diversas inteligências, a versatilidade, a criatividade e a capacidade de reflexão, a capacidade de trabalhar em grupos e a mobilização das competências que são estabelecidas pela legislação educacional vigente. Em 2017, foi aprovada, a Política de Melhoria da Qualidade dos Cursos de Graduação e de Pós-Graduação da UFRN (Resolução nº 181/2017– CONSEPE), atualizada pela Resolução nº 048/2020-CONSEPE, considerando a relevância da avaliação dos cursos e visando a melhoria dos indicadores de qualidade acadêmica. Os cursos elaboram um Plano de Ação Trienal do Curso de Graduação (PATCG), formulando propostas efetivas para enfrentar as fragilidades e encaminhar ações de melhorias dos indicadores de qualidade, alicerçadas nos resultados das avaliações, cuja elaboração e execução são orientadas e acompanhadas por uma Comissão de Graduação. Dessa maneira, a política do ensino de graduação para o período 2020-2029 deverá contemplar práticas pedagógicas alinhadas com o atual perfil do estudante, considerando, inclusive, quais conteúdos deixaram de ser imprescindíveis em razão das novas tecnologias e conhecimentos. Durante o período de formação, o aluno precisa vivenciar a prática desde o início do curso, o trabalho em equipe e o estágio, de modo a adquirir a experiência necessária para a formação de cidadãos responsáveis, críticos e proativos. Levando tudo isso em consideração, a matriz curricular do curso foi estabelecida através de um trabalho conjunto dos docentes que atuam no curso, bem como de diversos setores administrativos da UFRN, que trabalharam ativamente na orientação e qualificação dos docentes, no sentido de que fosse desenvolvida uma matriz curricular com base nas competências e habilidades almejadas para os discentes. A matriz curricular foi devidamente discutida e posteriormente estabelecida de forma que as componentes curriculares pudessem ter os seus conhecimentos técnicos e habilidades requeridas desenvolvidos de forma interdisciplinar. No planejamento de todas as componentes curriculares foram consideradas as competências e habilidades (Quadro 4) a serem desenvolvidas, e para tanto foi necessário planejar atividades práticas para a consolidação do conhecimento teórico repassado e para o desenvolvimento das habilidades almejadas. Estas atividades também foram planejadas para que houvesse a integração do conhecimento de diferentes componentes curriculares, buscando assim, o desenvolvimento da interdisciplinaridade no curso. Como exemplo temos previstas as atividades práticas laboratoriais, elaboração de projetos, desenvolvimento de estudos de caso, bem como visitas técnicas e aulas de campo desenvolvidas com a integração de mais de uma componente curricular do curso. Quanto à flexibilização da Matriz Curricular, foram estabelecidos os pré-requisitos e correquisitos mínimos para cada componente curricular, de forma que os conhecimentos técnicos mínimos e as habilidades requeridas pudesse ser atendidos, mas permitindo uma flexibilização da Matriz Curricular. Nos quadros 4 são apresentadas as competências associadas aos componentes curriculares do ciclo básico (Quadro 4.1) e do ciclo profissional (Quadro 4.2), que compreendem os conteúdos (1) básicos, (2) específicos e (3) profissionais do curso, previstos nas Diretrizes das Engenharias. Isto é, (1) os básicos e comuns; (2) os que oportunizam trajetórias formativas diferentes para cada estudante; (3) e os que proporcionam o desenvolvimento da prática profissional. Vale salientar que as competências, como especificado no item 7.2.1, foram agrupadas em competências do ciclo básico (C), competências do ciclo básico específico das Engenharia (CE) e competências do ciclo profissional (CP). As atividades acadêmicas propostas consistem em aulas expositivas, estudos de casos reais, auxílio computacional para visualização de dados e informações e para modelagem e simulação dos processos e sistemas, atividades de campo, desenvolvimento de atividades em equipe, discussões, seminários e rodas de conversas. O curso procurará privilegiar práticas pedagógicas inovadoras voltadas para a aprendizagem do aluno e a construção do conhecimento de forma a viabilizar o desenvolvimento de habilidades e a capacidade de aprendizagem. Para tanto, é necessário propiciar uma aprendizagem significativa por meio da observação da realidade, troca de experiências, exercícios, leituras e produção próprias, entre outros meios. Neste sentido, as atividades acadêmicas não devem se limitar ao repasse de conhecimentos, mas também no envolvimento de estudantes e professores por meio de diálogo crítico e emancipador, a fim de superarem as dificuldades encontradas no processo de aquisição, problematização, elaboração e recriação do saber. Quanto às diretrizes avaliativas, o curso terá como base as normas vigentes na UFRN, que se encontram regulamentadas pela resolução 227/2009 do Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão - CONSEPE. As atividades avaliativas deverão ser concebidas como uma atividade pedagógica que deve acompanhar todo o processo de ensino-aprendizagem, realimentando-o continuamente. Portanto, a avaliação se alicerça na observação minuciosa e constante do processo ensino-aprendizagem, buscando verificar se o estudante é capaz de analisar e avaliar situações ambientais, sendo capaz de obter e analisar dados e informações, modelar processos e sistemas, identificar relações de causa e efeito e necessidades, propor e projetar soluções técnicas. Em resumo, as avaliações devem buscar identificar se o aluno é capaz de analisar e resolver problemas e situações envolvendo questões ambientais. Adicionalmente, as avaliações devem buscar verificar se o discente é capaz de trabalhar em equipe, se expressando de forma coerente, clara e adequada com respeito e ética. Nesse sentido, não se deve fazer a avaliação apenas através de instrumentos de medida, como as provas ou outra modalidade, seja qual for sua natureza, mas através da observação de todas as atividades previstas no plano curricular do curso. No cumprimento dessa tarefa os professores poderão utilizar todos os meios adequados, legais e legítimos para aferir a evolução do aluno durante o processo de ensino-aprendizagem. No entanto, deve utilizar ferramentas tecnicamente bem elaboradas, para que reflitam a verdade para se comparar o rendimento do aluno em função das competências esperadas e descritas neste PPC. De modo geral o egresso no curso de Engenharia Ambiental, sejam oriundos do curso de Ciência e Tecnologia (C&T) ou com entrada direta via SISU, terão a mesma trajetória acadêmica, cursando os mesmo componentes curriculares obrigatórios.

A avaliação do processo de ensino-aprendizagem no CEA está baseada na RESOLUÇÃO Nº 171/2013-CONSEPE, de 5 de novembro de 2013 que aprova o Regulamento dos Cursos Regulares de Graduação da UFRN e ocorrem em consonância às novas DCN dos Cursos de Engenharia. A avaliação alicerça-se na observação minuciosa e contínua do processo ensinoaprendizagem. No cumprimento dessa tarefa os professores poderão utilizar todos os meios adequados, legais e legítimos para aferir a evolução do aluno durante o processo de ensino-aprendizagem. Deve-se privilegiar a prática pedagógica avaliativa voltada para a aprendizagem do aluno e a construção contínua do conhecimento por meio de exercícios, estudos de casos, produção textual, elaboração de projetos e programas ambientais, seminários, relatórios de práticas, resolução de situações-problemas incentivando a interdisciplinaridade e a adoção de metodologias ativas. As provas (obrigatoriamente realizadas individualmente e de forma presencial em pelo menos uma unidade) são instrumentos de diagnóstico, mas o rendimento final do aluno deverá ser computado por meio de metodologias avaliativas as mais variadas possível, a fim de incluir a diversidade de saberes e de formas de aprendizados em função das competências e habilidades esperadas para o futuro profissional e elencadas neste PPC em consonância às novas DCNs dos Cursos de Engenharia. A flexibilização na avaliação do processo de ensino-aprendizagem levará em consideração as especificidades socioeconômicas, físicas, cognitivas, sensoriais, mentais e necessidades específicas dos discentes. Os discentes com necessidades especiais terão respeitadas e garantidas as condições especiais para realização das atividades avaliativas como: tempo estendido para realização das atividades avaliativas escritas e orais, atendimento individualizado, entre outros elencados como sugestão nos relatórios emitidos por setor responsável (SIA). A avaliação do ensino-aprendizagem caracteriza-se como um processo que correlaciona os que ensinam e os que aprendem. Exemplo disso é o sistema de autoavaliação, implantado na UFRN através da Resolução nº 131/2008 – CONSEPE de 02 de setembro de 2008, na qual o aluno avalia o professor, o professor avalia o aluno e ambos avaliam a instituição e realizam uma autoavaliação. O sistema de autoavaliação auxilia o levantamento contínuo de informações acerca da atuação didática e postura profissional do professor, da disciplina no contexto do curso e da infraestrutura disponibilizada para o ensino de graduação na UFRN. A avaliação da docência abrange as dimensões referentes ao professor, à instituição e ao curso. Em relação ao professor, são consideradas variáveis como sua atuação didática e postura ético-profissional. A dimensão institucional é avaliada no que diz respeito às condições de infraestrutura disponibilizada para o ensino. E na avaliação do curso, a disciplina é avaliada no contexto do projeto político pedagógico, assim como sua articulação com a pesquisa e a extensão.

A avaliação permanente do projeto pedagógico do CEA é importante para aferir o sucesso do currículo sugerido para o curso e permitir alterações futuras que venham a melhorar este projeto. Os mecanismos a serem utilizados deverão possibilitar de forma contínua uma avaliação institucional e do desempenho acadêmico - ensino/aprendizagem, de acordo com as normas vigentes na UFRN, viabilizando uma análise diagnóstica e formativa durante o processo de implementação do referido projeto. A avaliação será executada a partir das seguintes ações: I. Reuniões semestrais ou com frequência maior a depender da necessidade para avaliação dos indicadores das autoavaliações e de avaliações externas (avaliação de curso, ENADE e outras), realizar diagnóstico e propor soluções quando necessário; II. Reuniões semestrais entre NDE e Colegiado de Curso (que inclui a representação discente) para discussão sobre infraestrutura, equipamentos, pessoal, problemas de gestão, metodologias adotadas, necessidades de capacitação, de modo a formar um conjunto consistente e propor soluções quando necessário; III. Reuniões anuais entre NDE, colegiado de curso (que inclui a representação discente) e demais docentes que lecionam disciplinas do curso durante Semana de Planejamento Pedagógica (SAP) para a discussão e proposição de estratégias e metas de melhoria da qualidade do ensino a serem alcançadas; bem como apresentação das metas do PATCG para o triênio.

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