Projeto Pedagógico do Curso

         O perfil do egresso bacharel em Ciências Biológicas atende ao parecer número 1.301/2001, de 06 de novembro de 2001 do Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Superior (CNE/CES). O bacharel em Ciências Biológicas formado pela UFRN deverá ser :

 Generalista, crítico, ético e cidadão com espírito de solidariedade;

 Detentor de fundamentação teórico-prática adequada, como base para uma atuação competente adaptável à dinâmica do mercado de trabalho, que inclua o conhecimento da diversidade dos seres vivos, bem como sua organização e funcionamento em diferentes níveis, suas relações filogenéticas e evolutivas e suas respectivas distribuições e relações com o meio em que vivem;

 Consciente da necessidade de atuar de forma multi e interdisciplinar com qualidade e responsabilidade na conservação, manejo e gestão da biodiversidade, nas políticas de saúde e meio ambiente, e na biotecnologia, bioprospecção, biossegurança e gestão ambiental, pautando sua ação nos aspectos éticos e técnico-científicos, quanto na formulação de políticas, tornando-se agente transformador da realidade, na busca de melhoria de qualidade de vida;

 Comprometido com os resultados de sua conduta profissional, a partir de referenciais éticos legais e critérios humanísticos, respeitando a cidadania e rigor científico;

 Consciente de sua responsabilidade como educador, nos vários contextos de atuação profissional;

 Apto a atuar multi- e interdisciplinarmente, adaptável à dinâmica do mercado de trabalho e às situações de mudança contínua do mesmo;

 Preparado para desenvolver novas tecnologias, ideias inovadoras e ações estratégicas, capazes de ampliar e aperfeiçoar sua área de atuação;

Compreende-se que a aquisição de competências resulta na capacidade de mobilizar conhecimentos e habilidades para solucionar problemas (Perrenoud, 1999). Diante desta perspectiva, o discente do curso de Ciências Biológicas deve envidar esforços para desenvolver e aprimorar competências e habilidades que permitam ao egresso:

● Pautar-se por princípios da ética democrática: responsabilidade socioambiental, dignidade humana, direito à vida, justiça, respeito mútuo, participação, pluralidade, diálogo e solidariedade;

● Compreender a terminologia biológica, utilizar os conceitos e teorias das Ciências Biológicas para interpretar a realidade e buscar soluções inovadoras frente a desafios profissionais;

● Reconhecer formas de discriminação racial, social, de gênero ou outras, que se fundamentam, inclusive, em alegados pressupostos biológicos, posicionando-se de forma crítica, com respaldo em pressupostos epistemológicos coerentes e na bibliografia de referência;

● Atuar em pesquisa básica e aplicada nas diferentes áreas das Ciências Biológicas, comprometendo-se com a divulgação dos resultados das pesquisas em veículos adequados para ampliar a difusão do conhecimento;

● Agir consciente de seu papel na formação de cidadãos, inclusive na perspectiva socioambiental;

● Aplicar adequadamente o conhecimento sobre organização, gestão e financiamento de projetos, de acordo com a legislação e as políticas públicas referentes à área;

● Compreender e estimular a discussão sobre o processo histórico de produção do conhecimento das Ciências Biológicas referente a conceitos, princípios e teorias;

● Estabelecer relações entre ciência, tecnologia e sociedade;

Aplicar a metodologia científica para o planejamento, gerenciamento e execução de processos e técnicas, visando o desenvolvimento de projetos, perícias, consultorias, emissão de laudos e pareceres em diferentes contextos;

● Utilizar os conhecimentos das Ciências Biológicas para compreender e transformar o contexto sócio-político e as relações nas quais está inserida a prática profissional, respeitando a legislação pertinente;

● Desenvolver ações estratégicas capazes de ampliar e aperfeiçoar as formas de atuação profissional, preparando-se continuamente para a inserção no mercado de trabalho em constante transformação;

● Atuar multi- e interdisciplinarmente, interagindo com diferentes especialidades e diversos profissionais, de modo a estar preparado à contínua mudança do mundo produtivo;

● Avaliar o impacto potencial ou real de novos conhecimentos, tecnologias, serviços ou produtos resultantes da atividade profissional, considerando os aspectos éticos, sociais e epistemológicos;

● Atuar na busca e aplicação de soluções para os problemas ambientais, de saúde pública e outros ligados à área de Ciências Biológicas, especialmente no âmbito regional do Nordeste Brasileiro e local no Rio Grande do Norte.

● Pesquisar e desenvolver novos produtos e serviços a partir do patrimônio natural regional e local, particularmente do Rio Grande do Norte, seguindo todos os preceitos éticos, para o benefício e desenvolvimento social sustentável;

● Comprometer-se com o desenvolvimento profissional constante, assumindo uma postura de flexibilidade e disponibilidade para mudanças contínuas, esclarecido quanto às opções sindicais e corporativos inerentes ao exercício profissional

O presente projeto atende às Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Ciências Biológicas, regidas pela Resolução CNE/CES 1.301/2001, a qual define o perfil dos formandos, as competências e habilidades, a estrutura do curso, conteúdos curriculares básicos e específicos, estágios e atividades complementares.

A estrutura curricular descrita no presente PPC inclui os conteúdos curriculares básicos, elencados pela Resolução CNE/CES 1.301/2001, através de disciplinas obrigatórias, optativas e através de conteúdos transversais em diversas disciplinas, como é o caso dos temas de Educação e Ambiente. Os conteúdos curriculares básicos definidos pela resolução supracitada são:

“BIOLOGIA CELULAR, MOLECULAR E EVOLUÇÃO: Visão ampla da organização e interações biológicas, construída a partir do estudo da estrutura molecular e celular, função e mecanismos fisiológicos da regulação em modelos eucariontes, procariontes e de partículas virais, fundamentados pela informação bioquímica, biofísica, genética e imunológica. Compreensão dos mecanismos de transmissão da informação genética, em nível molecular, celular e evolutivo.

DIVERSIDADE BIOLÓGICA: Conhecimento da classificação, filogenia, organização, biogeografia, etologia, fisiologia e estratégias adaptativas morfo-funcionais dos seres vivos.

ECOLOGIA: Relações entre os seres vivos e destes com o ambiente ao longo do tempo geológico. Conhecimento da dinâmica das populações, comunidades e ecossistemas, da conservação e manejo da fauna e flora e da relação saúde, educação e ambiente.

FUNDAMENTOS DAS CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA: Conhecimentos matemáticos, físicos, químicos, estatísticos, geológicos e outros fundamentais para o entendimento dos processos e padrões biológicos.

FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS E SOCIAIS: Reflexão e discussão dos aspectos éticos e legais relacionados ao exercício profissional. Conhecimentos básicos de: História, Filosofia e Metodologia da Ciência, Sociologia e Antropologia, para dar suporte à sua atuação profissional na sociedade, com a consciência de seu papel na formação de cidadãos.”

Ainda segundo a Resolução CNE/CES 1.301/2001 os conteúdos específicos para a modalidade Bacharelado deverão “possibilitar orientações diferenciadas, nas várias subáreas das Ciências Biológicas, segundo o potencial vocacional das IES e as demandas regionais.” No caso do Bacharelado em Ciências Biológicas da UFRN o elenco de disciplinas optativas e possibilidades de estágios para os discentes contemplam diversas áreas das Ciências Biológicas. Tais áreas são fortalecidas por meio da atuação dos docentes do curso vinculados a nove (09) programas de pós-graduação do Centro de Biociências (CB), sendo dois deles considerados pela CAPES como Programas de Excelência Acadêmica (conceito 6), bem como por meio dos institutos que operam em estreita relação acadêmica com o CB, como o Instituto do Cérebro e o Instituto de Medicina Tropical.

Demandas regionais, tais como os problemas ambientais que incidem nos diferentes biomas e ambientes urbanos, conservação, desenvolvimento sustentável e potencialidades biotecnológicos da região semiárida e da zona costeira são também contempladas ao longo do curso, seja através de disciplinas obrigatórias, optativas e em oportunidades de estágios e trabalho de conclusão do curso. São exemplos de disciplinas optativas que abordam temas regionais: BIOTECNOLOGIA DE MACROALGAS MARINHAS (DOL0044), NOCOES DE CULTIVOS AQUATICOS (DOL0041), ARBOVIROSES NO NORDESTE BRASILEIRO (DMP0056), dentre outras.

A carga horária mínima de 360 h em estágio profissionalizante, e de 60h para elaboração de Trabalho de Conclusão de Curso, estabelecidas pelo parecer CFBio Nº 01/2010 – GT, são atendidas pelo presente projeto pedagógico.

INTERDISCIPLINARIDADE, ARTICULAÇÃO ENTRE TEORIA E PRÁTICA, ACESSIBILIDADE E INDISSOCIABILIDADE ENTRE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO.

O Curso de Ciências Biológicas Bacharelado fundamenta-se nos princípios de flexibilidade, interdisciplinaridade, articulação teoria e prática, e indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. Esses princípios serão apoiados pela interação entre a graduação e a pós-graduação, bem como pelo apoio ao empreendedorismo. O curso busca, também, se adequar às necessidades de acessibilidade metodológica e de infraestrutura.

Flexibilidade: o projeto apresenta uma nova visão de profissional. Na atualidade, o profissional precisa deter amplas competências, dominar muitas habilidades, como por exemplo: conhecer e dominar a informática, ter conhecimento de gestão, comando de operações, desenvolver perfil empreendedor, dentre outras; assim alguns componentes vêm sendo inseridos na estrutura curricular para formar Bacharéis em Ciências Biológicas apresentando tais perfis. Alguns destes novos componentes foram inseridos sem prérequisitos, como é o caso da disciplina Elaboração e Gestão de Projetos Técnico-Científicos (30h), e o Estágio Supervisionado I (120h), garantindo maior flexibilidade. Outras disciplinas, como Conservação e Gestão Ambiental, Entomologia Geral e Comportamento Animal são também desprovidas de pré-requisitos. A carga horária de disciplinas optativas da presente proposta ultrapassa o mínimo de 10% da carga horária total do curso exigidos pelo Regulamento dos Cursos de Graduação (resolução nº 171/2013-CONSEPE, de 5 de novembro de 2013). Embora o Curso já contasse com um número razoável de disciplinas optativas, a fusão das disciplinas de Elementos de Geologia (60h) e Fundamentos de Paleontologia (60h) garantiram a inserção de outra disciplina optativa, fomentando a flexibilização curricular sem incorrer em aumento de carga horária do curso. Desta maneira, cumprimos a exigência institucional e garantimos que, parte da formação seja de livre escolha do aluno que poderá cursar as optativas que lhe interessam e lhe fornecerão competência para atuar na área desejada; além disso, o projeto prevê atividades de cunho científico e cultural que poderão ser realizadas pelo aluno fora da sala de aula, em projetos de extensão e pesquisa ou participando de eventos culturais e científicos. Destacam-se no elenco de disciplinas optativas aquelas relacionadas à área de acessibilidade, como LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS – Libras (FPE0087), bem como aquelas relacionadas aos conceitos de direitos humanos, diversidade cultural e às relações étnico-raciais, conforme o Parecer CNE-CP nº 3-2004, de 10 de março de 2004 e Resolução CNE-CP nº 1-2004, de 17 de junho de 2004: ANTROPOLOGIA E O ESTUDO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS (DAN0022), ANTROPOLOGIA AFRO-BRASILEIRA (DAN0007), DIREITOS HUMANOS, DIVERSIDADE CULTURAL E RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS (DAN0024), ANTROPOLOGIA DAS RELAÇÕES (DAN0010).

Flexibilidade, mobilidade acadêmica e internacionalização No aspecto de flexibilidade curricular destaca-se o estímulo do curso ao engajamento dos discentes em programas de mobilidade nacionais e internacionais. A mobilidade internacional é um componente da internacionalização que será valorizada pelo curso, atendendo ao Plano de Desenvolvimento Institucional da UFRN.

Atualmente tem sido modesto o envolvimento dos cursos de graduação em Ciências Biológicas da UFRN na mobilidade acadêmica nacional e internacional. Entre 2012 e o primeiro semestre de 2018 apenas 08 (oito) alunos nacionais e 03 (três) alunos internacionais cursaram Ciências Biológica na UFRN, por pelo menos um período letivo, através de programas de mobilidade acadêmica. Na mobilidade nacional tais estudantes foram originados na UFJF, UFMG, UFC, UFPA e UFRGS, enquanto os estudantes estrangeiros vieram de Portugal e do México. O maior fluxo de estudantes se deu no sentido inverso, ou seja, mobilidade “out”, com 34 estudantes de Ciências Biológicas engajados em mobilidade internacional, de 2012 a 2018.1, para os países: EUA (11), Austrália (7), Portugal (4), Reino Unido/Inglaterra (3), Canadá (2), França (2), Suécia (1), China (1), Itália (1), Colômbia (1), Argentina (1). Considerando 2015, 2016 e 2017 a média de alunos de Ciências Biológicas da UFRN em programas de mobilidade internacional foi de 1,6 alunos por ano, enquanto nenhum aluno experimentou a mobilidade nacional. Em 2018 o curso de Bacharelado recebeu duas estudantes francesas e três estudantes de estados do sul do país em mobilidade internacional e nacional, respectivamente. A coordenação continuará acompanhando e oferecendo suporte a iniciativas de mobilidade, e deverá promover eventos para esclarecimento dos programas junto aos discentes. A mobilidade nacional e internacional serão atividades valorizadas e contabilizadas como carga horária complementar (AACC).

Interdisciplinaridade e inovações na nova estrutura curricular: a inter-relação entre diferentes disciplinas continua a constituir-se uma das bases metodológicas da formação proposta pelo curso, e da busca de uma aproximação entre a formação teórica e a formação prática. Apesar de não ser possível o completo desprendimento de fragmentação do conhecimento, pois ainda persistem algumas disciplinas que não estão aglutinadas por temas, o projeto pedagógico apresenta um esforço conjunto de integração dos conhecimentos. A proposta de curso continua com o tema BIODIVERSIDADE como aglutinador dos conteúdos e inicia com uma visão geral do ambiente, abordando a temática da biodiversidade nos quatro primeiros semestres. Ainda no quarto semestre já iniciam os enfoques das bases estruturais e funcionais da biodiversidade e, no penúltimo semestre do curso, são abordadas as interações do ser humano com o ambiente e aspectos funcionais da saúde. Nesta proposta, temas como educação ambiental, àqueles envolvendo questões culturais, sociais, econômicas, relações étnico-raciais, necessidades especiais e comunidades indígenas são vistos de forma transversal, desde o início do curso, e nos mais variados componentes curriculares, desde obrigatórios a optativos.

Com o objetivo de integrar disciplinas afins que abordam a temática de cada semestre, algumas destas foram agrupadas, tais como Geologia e Paleontologia, que foram reunidas em Fundamentos de Geologia e Paleontologia diminuindo assim a sobreposição de conteúdos encontrada na proposta anterior, ampliando as possibilidades para a flexibilização. Houve ainda a inserção, como componente obrigatório, da disciplina Filosofia da Ciência, componente optativo na estrutura anterior, e também Biossegurança e Elaboração e Gestão de Projetos Técnico-Científicos em Ciências Biológicas, disciplinas criadas e inseridas na nova proposta por serem apontadas como essenciais pelas diretrizes curriculares nacionais.

Na nova proposta algumas disciplinas foram rearranjadas com relação aos conteúdos e carga horária, como foi o caso de Introdução à Oceanografia e Limnologia (90h) e Bioecologia Aquática (60h), convertidas em Oceanografia Abiótica (60h) e Ecologia de Ambientes Aquáticos (90h), mas manteve-se suas ofertas nos mesmos semestres da estrutura atual garantindo assim a interdisciplinaridade. Da mesma forma, as disciplinas Zoologia I, II e III, com carga horária de 60h cada uma, foram reorganizadas em Metazoa I e II, com 90 h, passando a ser ofertadas somente a partir do segundo semestre do Curso, mudança esta que possivelmente garantirá melhor compreensão dos assuntos relacionados entre elas, e representa uma inovação em relação à estrutura curricular anterior. Outra inovação na nova estrutura curricular se refere ao fluxo de disciplinas que apresentam a Botânica como eixo central. A disciplina de Filogenia (BEZ0073) passa a ser substituída, na nova estrutura curricular, pela disciplina Princípios de Sistemática e Evolução no primeiro nível do curso; assim será possível introduzir já no início do curso conceitos básicos sobre evolução, necessários à compreensão da diversidade biológica. Substitui-se também a sequência das demais disciplinas de Botânica sendo as novas disciplinas denominadas Fungos e Organismos Fotossintetizantes (60 horas) do 2º período; a disciplina Organismos Fotossintetizantes Terrestres (30 horas) do 3º período; Forma e Função Vegetal I (60 horas) do 4º período; Sistemática de Angiospermas (60 horas) do 5º período, essa exclusiva para o bacharelado. Esta novo formato da estrutura curricular favorece a integração dos conhecimentos classicamente inseridos em temas de fisiologia, morfologia e sistemática vegetal. Os conteúdos de Educação Ambiental, Meio Ambiente e Sustentabilidade estão inseridos no contexto do tema Biodiversidade, abordados de forma transversal ao longo do Curso, incluídos nas disciplinas obrigatórias das áreas de Botânica, Zoologia, Ecologia e Microbiologia, e também em disciplinas optativas que versam sobre tais temas, tais como EDUCAÇÃO AMBIENTAL (BEZ0216), DIREITO DO MEIO AMBIENTE (DPU0119), SAUDE E CIDADANIA (DSC0090), ELEMENTOS DE AGROECOLOGIA (ECL0031), POLUIÇÃO E TOXICOLOGIA (DMP0062), dentre outras. Chamamos a atenção para a oferta como disciplina obrigatória, desde 2013.1, do componente Empreendedorismo em Biociências, inserida no sexto semestre do curso, e que representa uma inovação no curso da UFRN e se constitui em diferencial dentre os cursos de bacharelados em geral. Esta disciplina visa despertar nos alunos de bacharelado em Ciências Biológicas o espírito empreendedor; assim, tal disciplina mobiliza conhecimentos interdisciplinares, pois o aluno já necessita deter conhecimentos de boa parte dos conteúdos do Curso para desenvolver tais habilidades. Disciplinas como Seminários em Biodiversidade (60h) e Comunicação Visual (30h) tornaram-se optativas, cedendo espaço para a inserção de Filosofia da Ciência (60h) e Biossegurança (30h). Acessibilidade. A carência da acessibilidade em diversos setores no campus central da UFRN, inclusive no Centro de Biociências, é um desafio a ser enfrentado pelo curso. Um exemplo disto é a inadequação de infraestrutura para pessoas com dificuldade de locomoção. O enfrentamento à tais fragilidades será fortalecido com trabalho da Comissão de Acessibilidade da UFRN, instalada em 16 de fevereiro de 2018, e com a elaboração e implementação de Plano de Acessibilidade para os campi da UFRN. A Comissão Permanente de Apoio a Estudantes com Necessidades Educacionais Especiais da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – CAENE/UFRN oferece suporte aos alunos com Necessidades Educacionais Especiais (NEE). Por exemplo, no momento presente a UFRN dispõe de um Laboratório de Acessibilidade (LA) e um acervo digital com cerca de três mil textos adaptados e produzidos em diversos formatos e acessíveis aos estudantes com NEE (dados em Resolução No 023/2015-CONSUNI, de 25 de novembro de 2015). A coordenação do curso de Bacharelado em Ciências Biológicas, bem como orientadores acadêmicos e docentes deverão permanecer atentos à possíveis fragilidades apresentadas por alunos do curso, e criar condições para que estudantes com NEE busquem o apoio necessário. Caso seja identificada alguma necessidade especial o discente deverá ser orientado ou sugerido a solicitar apoio da CAENE. Segundo informações prestadas pela CAENE (http://www.caene.ufrn.br/acesso.php) “para ter acesso aos serviços oferecidos pela CAENE, o aluno deve:

1. Solicitar à coordenação de seu curso a sua inscrição via formulário eletrônico disponível no SIGAA;

2. Comparecer para entrevista com a equipe da CAENE, no dia e horário indicados no SIGAA, no ato da inscrição, de posse de laudos ou pareceres, quando disponíveis. A equipe da CAENE irá analisar cada caso, realizando junto ao aluno o levantamento das suas necessidades educacionais e de formas de intervenção sobre o processo de ensino-aprendizagem, realizando encaminhamentos para outros profissionais, quando se fizer necessário. A CAENE estará em constante contato com as coordenações dos cursos, realizando o acompanhamento sistemático do aproveitamento acadêmico do aluno e avaliação das propostas realizadas.” A coordenação do curso também deverá informar aos doentes e orientadores acadêmicos sobre materiais de orientação aos docentes divulgados pela CAENE ( http://www.caene.ufrn.br/orientacao_docentes.php). Especificamente quanto à saúde mental, a coordenação do curso e o NDE devem promover a sensibilização dos professores quanto às diversas formas em que a saúde mental dos alunos pode afetar a vida acadêmica dos estudantes. Para tanto, em parceria com a administração do Centro de Biociências e com os Departamentos Acadêmicos, a coordenação do curso deverá promover apresentações dos profissionais da CAENE e/ou da Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (PROAE) na Semana Pedagógica oficial da UFRN para sensibilização e informação aos docentes, bem como apresentações aos alunos. Além disso, a coordenação poderá mobilizar o Centro Acadêmico discente para que sejam realizados debates e rodas de conversa sobre NEE e estabelecidas redes de apoio para alunos com NEE. A coordenação do curso e os orientadores acadêmicos deverão divulgar, junto aos discentes, as ações realizadas pela PROAE, tais como: Programa de Atenção à Saúde Mental do Estudante, Programa de Aconselhamento em Saúde (PAS), Projeto de Extensão Hábitos de Estudo (PHE), Mediações de conflito, Orientação a docentes e familiares, dentre outras (http://www.proae.ufrn.br/pagina.php?a=a_programa_ass). Articulação entre teoria e prática: a articulação entre teoria e prática é uma preocupação do trabalho docente, que busca estabelecer relações e nexos entre as aulas teóricas e as práticas realizadas. Para tanto a grande maioria dos componentes curriculares incluem atividades de laboratórios de ensino e de pesquisa, como ainda realizam aulas de campo e visitas técnicas na UFRN, ou fora dela, sempre em busca da articulação entre a teoria e a prática para a formação de um ser crítico e reflexivo. Os componentes curriculares obrigatórios de estágios e trabalho de conclusão de curso mobilizam recursos teóricos e práticos dos discentes, fortalecendo a articulação entre teoria e prática. Esta articulação encontra espaço também nas oportunidades oferecidas aos alunos para o desenvolvimento de atividades de pesquisa, como a iniciação científica e trabalhos de extensão com interações com a comunidade. Nesse aspecto destaca-se também a inserção, na presente estrutura curricular, do componente optativo SAUDE E CIDADANIA (DSC0090), que tem como finalidade a atuação prática do discente em equipes multidisciplinares associadas a Unidades Básicas de Saúde. Recentemente, outra proposta incorporada pelo curso no sentido da articulação foi a adesão dos alunos de Ciências Biológicas à participação de iniciativa de empresa júnior junto à ECOSIN Soluções Ambientais - Empresa Júnior do Curso de Ecologia e Biologia. Esta ação se constitui em fortalecimento do princípio de articulação entre teoria e prática, e também da interdisciplinaridade. Cabe destacar que a adesão à iniciativa empresa júnior representa uma inovação no curso, e é motivo de destaque entre cursos de Ciências Biológicas do estado do Rio Grande do Norte. Indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão: promover a articulação, durante todo o processo formativo, dos pilares de ensino, de pesquisa e de extensão é um dos princípios norteadores do presente PPC. Neste contexto, desde o início do curso, estimula-se o envolvimento dos alunos nos projetos de monitoria, pesquisa e de extensão desenvolvidos no âmbito da UFRN. Na estrutura curricular está inserida, de forma obrigatória, estágios que podem incluir atividades de pesquisa e/ou de extensão; atividades de extensão são também pontuadas como atividades complementares. Desta forma o aluno terá a oportunidade de realizar e integrar as atividades de pesquisa e extensão em articulação com o ensinoaprendizagem, e em consonância com o sugerido no Regulamento dos Cursos de graduação da UFRN. 

A gestão do projeto pedagógico requer que a avaliação seja realizada de forma contínua para possibilitar a concretização plena dos objetivos propostos.

O acompanhamento e a avaliação do presente projeto pedagógico deverão ser realizados pelos professores que compõem o Núcleo Docente Estruturante, Colegiado do Curso e professores convidados pelo colegiado de curso, juntamente com a equipe de acompanhamento e avaliação de projetos da PROPLAN e PROGRAD. O processo deverá envolver professores e alunos para a realização de reuniões, encontros e oficinas, visando: analisar o seu desempenho, fazer os ajustes necessários e o planejamento de ações que favoreçam o aperfeiçoamento da proposta. O curso deverá criar uma metodologia de acompanhamento dos egressos para complementar a pesquisa realizada pela UFRN, de forma a particularizar as impressões dos biólogos recém formados a respeito do mercado de trabalho e suas demandas, visando aprimoramento do curso e atenção às novas demandas.

No início de cada semestre serão também realizadas as Semanas de Planejamento Pedagógico, quando a coordenação do Curso se reunirá com professores do Curso, chefes de Departamento, Diretores de Centros e alunos do 90 Curso a fim de discutir ações acadêmico/administrativas que visem o acompanhamento e avaliação da nova proposta pedagógica. Além disto, será elaborado um plano trienal, de acordo com a RESOLUÇÃO No 181/2017-CONSEPE, de 14 de novembro de 2017, onde serão delineados objetivos e metas de acompanhamento da nova proposta pedagógica, bem como sua avaliação.

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