© MARIO QUINTANA
In Apontamentos de História Sobrenatural, 1976
ESPERANÇA [POEMA DO FIM DO ANO]
Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...
Desejamos ótimas festas de final de ano a todas e todos e reafirmamos nosso compromisso de tentar todos os dias do próximo ano fazer com que nosso curso melhore, seja mais humano, acolhedor e formador de pessoas sensíveis e atentas aos processos de ensino aprendizagem do TEATRO.