Banca de QUALIFICAÇÃO: LUANE FERNANDES COSTA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LUANE FERNANDES COSTA
DATA : 01/09/2023
HORA: 08:30
LOCAL: Remoto
TÍTULO:

Performatividades ritualísticas das ialodês nos videoclipes da música  negra contemporânea


PALAVRAS-CHAVES:

religiosidade; videoclipe; raça; música


PÁGINAS: 84
RESUMO:

A partir de conceitos da teoria racial negra, como a transcodificação (Hall, 2016), imagens de controle (Collins, 2019) e o atlântico negro (Gilroy, 2001) investigo a obra de três interlocutoras e artistas afro-brasileiras, que trazem em sua sonoridade e performance aspectos de religiosidade negra, como ritos, rituais e a presença das Ialodês - as orixás femininas, como Iansã, Nanã, Oxum e Iemanjá. Por meio de uma análise de suas visualidades, sonoridades e textualidades, investigo a presença das religiões de matriz africana em seus videoclipes. Penso, por meio das investigações, de que forma simbólica as orixás se manifestam, bem como os indicadores de análise previamente delimitados, como a água, as cores, as guias, as folhas e os alimentos. A partir dos autores elencados, pensamos a indissociabilidade da música produzida na diáspora negra e as religiões de matriz africana, bem como o confronto das imagens aqui propostas com o regime de representação racializado. Evocamos conceitos como as imagens transcodificadoras (Hall, 2016), para entender como essas imagens deslocam os estereótipos no imaginário social brasileiro sobre as religiões de matriz africana, submersas a uma ideia de precário, um país predominantemente cristão e intolerante religioso, bem como as imagens de liberdade (Guilherme, 2022) para pensar em como as interlocutoras falam a partir de si, não mais sob um viés subordinado ao olhar branco colonizador, e confrontando as imagens de controle que aprisionam corpos negros, corpos de terreiro, corpos desobedientes de gênero (Mombaça, 2021). Portanto, definimos aqui as imagens das cantoras negras brasileiras Bixarte, Luedji Luna e Mc Tha como transgressoras e emancipadoras, pois utilizam de um produto cultural - o videoclipe - como um espaço em que mulheres racializadas, cis ou trans, umbandistas ou candomblecistas, podem usar de seu repertório e presença para sentir-se empoderadas. As artistas foram escolhidas por trazerem o enfrentamento político em suas obras, além de partirem de lugares racializados, das periferias brasileiras e por trazerem os aspectos de sua religiosidade em sua performance. Dessa forma, os esforços em trazer imagens opositoras (hooks, 2019), com aspectos de valorização, calmaria e serenidade por meio dos rituais religiosos de matriz africana, desafiam as imagens que controlam a população de terreiro. 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2312564 - DANIEL RODRIGO MEIRINHO DE SOUZA
Interna - 1003969 - JANAINE SIBELLE FREIRES AIRES
Externa à Instituição - FERNANDA ARIANE SILVA CARRERA - UFRJ
Externo à Instituição - TOBIAS ARRUDA QUEIROZ - UERN
Notícia cadastrada em: 11/08/2023 12:33
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - (84) 3342 2210 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sigaa06-producao.info.ufrn.br.sigaa06-producao