Banca de DEFESA: TATIANA DINIZ DE SOUZA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : TATIANA DINIZ DE SOUZA
DATA : 27/10/2022
HORA: 10:30
LOCAL: ONLINE
TÍTULO:

QUANDO A VIDA PERDE A COR:
a comunicação do luto em A Espuma dos Dias, de Michel Gondry.


PALAVRAS-CHAVES:

cinema, produção de sentido, luto, cores, mídia. 


PÁGINAS: 150
RESUMO:

O cinema retrata os mais diversos sentimentos em suas narrativas e a perda é um deles. Essa pesquisa procura analisar o filme A Espuma dos Dias (L'Écume des Jours, 2013), de Michel Gondry, adaptação do romance homônimo escrito por Boris Vian, publicado em 1947. E o objetivo central dessa pesquisa é questionar se as cores escolhidas pelo diretor, nos objetos de cena e cenário da obra, estão relacionadas com o processo de luto vivido pelo personagem principal, Colin. Os objetivos específicos consistem em selecionar as cenas que caracterizam essas mudanças cromáticas, produzir a paleta de cores referente as cenas escolhidas e por fim analisar o material coletado. A narrativa fílmica, com aspectos surrealistas, conta a história de amor entre Colin e Chloé, que após o casamento descobre um nenúfar crescendo em seu pulmão. Plantas são usadas na tentativa de afastar sua doença, mas sem sucesso. Colin, sem recursos, busca formas de conseguir o dinheiro para custear o tratamento, mas logo Chloé morre. A hipótese levantada nesse estudo é de que a alteração na paleta de cores está relacionada ao luto vivido pelo personagem Colin, além de ser um marcador cronológico da narrativa. O filme apresenta mudanças significativas com relação às cores, pois ao descobrir a doença terminal de Chloé, o mundo de Colin se transforma, os cenários se tornam cada vez mais escuros, perdendo todo o seu colorido, finaliza a narrativa com o ambiente totalmente em preto e branco. O diretor francês Michel Gondry, em seu universo lúdico, trabalha aspectos profundos da natureza humana, buscando em suas memórias e vivências, a poética necessária para transformar a dor em arte. Para compreensão da sua mise-en-scène, será utilizado David Bordwell (2008) e Luis Carlos Oliveira Jr. (2013). E a reflexão do processo de luto e identificá-lo na estética da obra, utilizamos o conceito de cinco fases do luto de Elisabeth Kübler-Ross (1996), que são: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação.  O processo de luto não está relacionado apenas com a morte em si, mas com todos os sentimentos presentes em um processo de perda (como em caso de doença terminal, fim de relacionamento e morte, por exemplo) que pode ocorrer a partir da descoberta, como no caso do luto antecipatório, conceito proposto por Maria Julia Kovács (1992), a pesquisa traz também as contribuições de Byung Chul Han (2021). A metodologia empregada foi qualitativa, por meio da análise fílmica de Francis Vanoye e Anne Goliot-Lété (2012). Para a seleção do material utilizaremos o método de decupagem proposto por Gilles Deleuze (1983). Após esse processo, foi produzida a paleta de cores de cada imagem, utilizando o Adobe Color. A análise cromática será embasada pelos autores Modesto Farina (2000), Luciano Guimarães (2001), Eva Heller (2013), Israel Pedrosa (2009) e Luciana Martha Silveira (2015). A pesquisa traz a percepção de que a estética das cores no desenho da direção de arte do filme, revela o emocional do personagem Colin, que vivencia um processo de luto antecipatório pela doença terminal de sua amada Chloé, passando por quatro fases do luto: negação, raiva, barganha e depressão.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1640014 - MARIA ANGELA PAVAN
Interno - 3943432 - JOSENILDO SOARES BEZERRA
Externo à Instituição - MARCIA GOMES MARQUES - UFMS
Notícia cadastrada em: 13/10/2022 14:58
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