Banca de DEFESA: ANDRIELLE CRISTINA MOURA MENDES

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANDRIELLE CRISTINA MOURA MENDES
DATA : 09/08/2022
HORA: 10:00
LOCAL: Remoto (plataforma google meet)
TÍTULO:

COMUNICADORAS INDÍGENAS E A DESCOLONIZAÇÃO DAS IMAGENS


PALAVRAS-CHAVES:

Mídia; Decolonialidade; Comunicadores indígenas; Descolonização das imagens; Práticas sociais.


PÁGINAS: 220
RESUMO:

A partir de uma mirada descolonial, investigo que estratégias midiático-comunicacionais as comunicadoras indígenas brasileiras utilizam para propagar as suas ideias, que imagens elas ativam, e como essas narrativas ajudam a tensionar o imaginário social dominante. Busco, por meio da Catografia, abordagem metodológica inspirada na prática de coletores e catadores originários e tradicionais, responder como povos que foram destituídos de humanidade e transformados em mercadoria de olhares durante a escravização politizam o olhar para enfrentar as imagens de controle utilizadas para determinar o lugar dos sujeitos racializados na sociedade. A partir de sentidos construídos por autores indígenas e negros (MUNDURUKU, 2013; SANTOS, 2019; LIMA, 2019; BORGES, 2019; SMITH, 2018; COLLINS, 2019), analiso como indivíduos oriundos de grupos sociais colonizados se apropriam das mídias para responder às violações decorrentes do racismo estrutural na sociedade através da propagação de imagens que visam liberar o nosso olhar da dependência de modelos, enquadramentos e categorias do pensamento moderno colonial (que se supõe universal, por não se racializar). Ao reivindicar a liberdade de escolher como querem ser vistos, os sujeitos racializados buscam se autodefinir a partir de um ponto de vista que difere da perspectiva adotada pela hegemonia racial para determinar, simbolicamente, os lugares sociais subalternizados destinados a negros e indígenas. Por meio de suas palavras-flecha, comunicadores indígenas têm buscado atingir diferentes público-alvo na tentativa de descontruir as imagens racistas e imperialistas propagadas a respeito dos povos originários do Brasil, retratados pela mídia de massa como indivíduos que devem ser mantidos sob tutela e vigilância do Estado Nacional. Neste exercício, tensionam a visada da racionalidade moderna ocidental, apontando os seus limites e buscando ir além de suas fronteiras a partir da proposição de outras imagens além das disseminadas pelos meios de informação social a serviço dos oligopólios midiáticos.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1319361 - JUCIANO DE SOUSA LACERDA
Interna - ***.943.004-** - DENISE CARVALHO DOS SANTOS RODRIGUES - UFRN
Interna - 1644432 - MARIA DO SOCORRO FURTADO VELOSO
Externo à Instituição - ALBERTO EFENDY MALDONADO GOMEZ DE LA TORRE - Unisinos
Externa à Instituição - FERNANDA VIEIRA DE SANT'ANNA - UEMG
Notícia cadastrada em: 14/07/2022 10:46
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