Banca de DEFESA: CÂNDIDA MARIA NOBRE DE ALMEIDA MORAES

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : CÂNDIDA MARIA NOBRE DE ALMEIDA MORAES
DATA : 09/12/2021
HORA: 14:30
LOCAL: On Line
TÍTULO:

Reconstruções de si na cultura do algoritmo do Facebook.


PALAVRAS-CHAVES:

Palavras-chave: 

Estudos da Mídia; Memórias; Cultura do algoritmo; Subjetividade híbrida; Facebook.

 

 

 


PÁGINAS: 233
RESUMO:

As memórias, as lembranças, os esquecimentos, apagamentos e silenciamentos têm sido dos elementos centrais das vivências, impasses do campo digital, e, por conseguinte, da investigação e dos debates científicos. No âmbito do indivíduo e de sua autonomia para a produção de escritas e reescritas de si, discute-se o entrelaçamento das memórias pessoais e sociais (VAN DIJCK, 2007) em um contexto de ampla presença e participação dos artefatos midiáticos que consolidam a emergência de uma subjetividade cada vez mais híbrida. Isto significa que as memórias, que antes resultavam da articulação da própria reconstrução que se faz de si somada a dos nós de contato da rede social e dos arquivos de registros como fotos, cartas, bilhetes, vídeos ou áudios, no digital, contam agora com a presença de diversos elementos e objetos, físicos e/ou simbólicos, que compõem os sistemas da denominada cultura algorítmica (STRIPHAS, 2015). Partiu-se da análise de que estes são o resultado de um modelo econômico, político e social que especializou uma parte de suas tecnologias para o desenvolvimento de uma leitura, ordenamento, análise e, por conseguinte predição cada vez mais precisos e individualizados por meio dos mecanismos matemáticos cujas plataformas de redes sociais são apenas uma de suas faces (ZUBOFF, 2020; SILVEIRA, 2017; BRUNO, 2013). Questionou-se como o indivíduo propõe a escrever-se em uma estrutura de mediação alicerçada na cultura do algoritmo e nas lógicas produtivas do capitalismo de vigilância (ZUBOFF, 2020) e de que maneira a própria estrutura da plataforma, no caso o Facebook, participa da construção das memórias autobiográficas. Sob o âmbito metodológico, o recorte analisou os produtos disponibilizados pelo Facebook para a organização e gerenciamento das publicações, sejam elas de natureza textual, visual ou audiovisual, bem como a relação que os indivíduos estabelecem com tais possibilidades. Tomando por base a perspectiva das materialidades da comunicação e da mídia, o corpus é constituído das análises [1] da interface, reconhecendo-a como manifestação material do sistema algorítmico (JOHNSON, 2007; VAN DIJCK, 2016), [2] da voz institucional, coletada nos documentos de Termos de uso, somada a publicações do Facebook Research acerca dos serviços concernentes às memórias, lembranças e gerenciamento de si e [3] das práticas que os desenvolvem acerca da utilização da plataforma quanto aos modos de reescrita de si, o reconhecimento das publicações como estratégias de interação e a presença do algoritmo na evocação de lembranças. A análise sugeriu que, ainda que não seja exatamente sua função inicial, o Facebook aponta caminhos para o indivíduo escrever-se, organizar e armazenar tanto narrativas quanto acervos próprios de memórias. No entanto, quanto à recuperação, representação, atribuições de sentido, estas parecem aprimorar-se na oferta de sistemas automatizados, não permitindo ao usuário a mesma liberdade que a empresa detém sobre os dados por eles gerados.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 136.794.654-91 - MARIA DAS GRAÇAS GALVÃO PINTO COELHO - UFRN
Interna - 007.943.004-05 - DENISE CARVALHO DOS SANTOS RODRIGUES - UFRN
Interna - 1644432 - MARIA DO SOCORRO FURTADO VELOSO
Externo à Instituição - BERNARDINA MARIA JUVENAL FREIRE DE OLIVEIRA
Externo à Instituição - CLÁUDIO CARDOSO DE PAIVA - UFPB
Notícia cadastrada em: 25/11/2021 13:13
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