Banca de DEFESA: PEDRO PAULO DE ANDRADE SANTOS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: PEDRO PAULO DE ANDRADE SANTOS
DATA: 28/02/2012
HORA: 14:30
LOCAL: DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA
TÍTULO:

Estudo imuno-histoquímico da presença de miofibroblastos e da expressão do fator transformador de crescimento-β1, interferon gama, metaloproteinase de matriz 13  e indutor de metaloproteinases de matriz em lesões odontogênicas epiteliais


PALAVRAS-CHAVES:

Lesões odontogênicas epiteliais; Miofibroblastos; Imuno-histoquímica


PÁGINAS: 141
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Odontologia
SUBÁREA: Clínica Odontológica
RESUMO:

As lesões odontogênicas, originadas do aparato de formação dos elementos dentários, apresentam heterogeneidade clínica e histológica o que pode refletir nos comportamentos biológicos variados apresentados pelas mesmas.Os ameloblastomas e os ceratocistos odontogênicos se destacam por apresentarem comportamentos biológicos bastante intrigantes tendo em vista que embora sejam lesões de natureza benigna, os ameloblastomas revelam comportamento localmente agressivo e os ceratocistos demonstram tendência a desenvolver recorrências.Em contrapartida, o tumor odontogênico adenomatóide, embora também seja originado do epitélio odontogênico, apresenta crescimento lento e um comportamento biológico bastante indolente.Os miofibroblastos são células do tecido conjuntivo que apresentam um fenótipo híbrido exibindo características morfológicas de fibroblastos e de células musculares lisas sendo a aquisição de tal fenótipo denominada diferenciação, passando então a expressar a α-SMA, considerada importante na identificação dessas células. Estudos têm sugerido que os miofibroblastos apresentam relação com a agressividade de diversas lesões e que o seu processo de diferenciação estaria relacionado à expressão do TGF-β1 e do IFN-γ atuando, respectivamente, no estímulo e inibição dessa diferenciação. O objetivo do presente trabalho foi investigar o papel dos miofibroblastos em lesões odontogênicas epiteliais, relacionando-os à agressividade das lesões e analisar por meio da imuno-histoquímica, a expressão do TGF-β1 e IFN-γ no processo de diferenciação, além da análise da MMP-13 que é ativada por miofibroblastos e do indutor de metaloproteinases de matriz (EMMPRIN) como precursor desta MMP. A amostra foi constituída por 20 casos de ameloblastoma sólido, 10 casos de ameloblastoma unicístico, 20 casos de ceratocisto odontogênico e 20 casos de tumor odontogênico adenomatóide.Para a avaliação dos miofibroblastos,foram quantificadas as células imunorreativas ao anticorpo anti- α-SMA,em 10 campos histológicos(400x). As expressões de TGF-β1, IFN-γ, MMP-13 e EMMPRIN, foram avaliadas no componente epitelial e no tecido conjuntivo, estabelecendo-se o percentual de células imuno-positivas,de acordo com os escores: 0 (≤ 10% das células positivas), 1 (11% - 25% das células positivas), 2 (26% - 50% das células positivas), 3 (51% - 75% das células positivas) e 4 (> 75% das células positivas).A análise dos miofibroblastos evidenciou  maior concentração  nos ameloblastomas sólidos com média de 30,55, seguido pelos ceratocistos odontogênicos (média 22,50), ameloblastomas unicísticos(20,80) e tumores odontogênicos adenomatóides(19,15) apresentando significância  estatística (p = 0,001).Não foi encontrada correlação estatisticamente significativa entre o TGF-β1 (r=0,047 e p=0,698) e o IFN-γ (r=0,045 e p=0,709) no processo de diferenciação dos miofibroblastos,  bem como na relação entre a quantidade de miofibroblastos e a expressão da MMP-13 (r= 0,045 e p= 0,709). Constatou-se, correlação estatística entre a MMP-13 e o TGF-β1 (r= 0,087 e p= 0,011) além de significante correlação estatística entre a MMP-13 e o IFN-γ (r=0,348 e p=0,003). Entre o EMMPRIN e a MMP-13 verificou-se significância estatística (r= 0,474 e p<0,001) assim como entre o EMMPRIN e o IFN-γ (r=0,393 e p=0,001). A maior quantidade de miofibroblastos nos ameloblastomas sólidos sugere que estes tipos celulares podem contribuir para um comportamento biológico mais agressivo destas lesões. Quanto a correlação  evidenciada entre a MMP-13 e o TGF-β1,isto pode sugerir um papel indutor do TGF-β1 para a expressão da MMP-13, assim como os resultados deste estudo reforçam a relação bem estabelecida do EMMPRIN como indutor da MMP-13.Foi também constatada   relação entre o EMMPRIN e  o IFN-γ  assim como entre a MMP-13 e o IFN-γ sugerindo, dessa forma, um sinergismo na ação anti-fibrótica desses marcadores.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - JEAN NUNES DOS SANTOS - UFBA
Interno - 344668 - LEAO PEREIRA PINTO
Presidente - 346077 - LELIA BATISTA DE SOUZA
Externo à Instituição - MANOELA DOMINGUES MARTINS - UFRGS
Interno - 350484 - ROSEANA DE ALMEIDA FREITAS
Notícia cadastrada em: 14/02/2012 11:55
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