Banca de DEFESA: JULIANA CAMPOS PINHEIRO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JULIANA CAMPOS PINHEIRO
DATA : 27/02/2018
HORA: 14:30
LOCAL: AUDITÓRIO DO DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA DA UFRN
TÍTULO:

RELAÇÃO ENTRE MASTÓCITOS E E-CADERINA EM CERATOCISTOS ODONTOGÊNICOS E CISTOS RADICULARES.


PALAVRAS-CHAVES:

 Ceratocisto Odontogênico, Cisto Radicular, Mastócitos, E-caderina. 


PÁGINAS: 89
RESUMO:

Os mastócitos são células secretoras que liberam diferentes mediadores químicos, dentre eles a triptase, participando tanto de estímulos fisiológicos quanto patológicos. A E-caderina é um elemento da família das caderinas conhecida por desempenhar um papel importante na regulação da adesão intercelular em tecidos epiteliais. O presente estudo se propôs a avaliar a relação entre mastócitos e a expressão da E-caderina em ceratocistos odontogênicos e cistos radiculares. A avaliação imuno-histoquímica da triptase consistiu na quantificação de mastócitos degranulados e não degranulados em 15 campos, sendo 5 no tecido epitelial, 5 no tecido conjuntivo superficial e 5 campos no tecido conjuntivo profundo.  A avaliação da E-caderina foi realizada de forma semi-quantitativa, utilizando os escores: 1 (0 a 50%) e 2 (>50%), sendo observado também o padrão de imunorreatividade celular (membranar, citoplasmática, membranar e citoplasmática) além da verificação do tamanho das lesões a partir da coleta de dados nas fichas clínicas dos pacientes. A análise das lesões císticas estudadas revelou maior média total de mastócitos nos cistos radiculares, quando comparados aos ceratocistos odontogênicos (IC 95%). No que diz respeito a quantidade de mastócitos no componente epitelial, verificou-se maior mediana nos cistos radiculares em relação aos ceratocistos odontogênicos, já no tecido conjuntivo constatou-se que os ceratocistos odontogênicos apresentaram a maior mediana. Ao verificar a densidade de mastócitos degranulados e não degranulados através do teste não paramétrico de Kruskal-Wallis, constatou-se que as maiores concentrações estavam relacionadas a mastócitos degranulados no epitélio de cistos radiculares (KW=30.343; p=0.000), sendo que nos ceratocistos odontogênicos as maiores densidades desses tipos celulares degranulados foram encontrados no tecido conjuntivo (KW=0.092; p=0.762). Ao se examinar a expressão da E-caderina no componente epitelial, observou-se uma similaridade entre as lesões císticas com maior expressão nos ceratocistos odontogênicos (p=0.798) que apresentaram marcação membranar em 63.3% dos casos. Realizando a análise da correlação de Spearman(r) foi observada uma correlação negativa entre a expressão da E-caderina e o número total de mastócitos (r= -0.311; p= 0.016), número de mastócitos degranulados (r= -0.255; p= 0.049) e a localização desses tipos celulares no tecido conjuntivo total e profundo tanto nos cistos radiculares quanto nos ceratocistos odontogênicos. Observou-se também, outra correlação negativa entre os mastócitos intra-epiteliais (r= -0.265; p=0.016) e o tamanho das lesões císticas. Diante desses achados, verificamos que a maior concentração de mastócitos nos cistos radiculares confirma a sua natureza inflamatória, destacando a maior quantidade de mastócitos degranulados no componente epitelial, refletindo em menor expressão de e-caderina quando comparados aos ceratocistos odontogênicos, sugerindo desta forma, uma possível atuação da triptase na alteração das junções de adesão e consequente aumento na permeabilidade epitelial.  No que diz respeito ao tamanho das lesões, verificou-se que as maiores densidades mastocitárias no componente epitelial foram identificadas em lesões menores, sugerindo uma atuação desses tipos celulares em uma etapa inicial de crescimento das lesões císticas estudadas.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - CYNTIA HELENA PEREIRA DE CARVALHO - UFCG
Interno - 346077 - LELIA BATISTA DE SOUZA
Presidente - 2859541 - PEDRO PAULO DE ANDRADE SANTOS
Notícia cadastrada em: 08/02/2018 09:15
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