Banca de DEFESA: ANDRE LUIZ SILVA DAVIM

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANDRE LUIZ SILVA DAVIM
DATA : 23/02/2017
HORA: 09:00
LOCAL: Auditorio do NUPRAR
TÍTULO:

AVALIAÇÃO DO POTENCIAL ANTIINFLAMATÓRIO DO ÓLEO DE RÃ-TOURO PURO E MICROEMULSIONADO EM MODELO EXPERIMENTAL


PALAVRAS-CHAVES:

óleo de rã-touro; sistema microemulsionado, sepse; inflamação; toxicidade.


PÁGINAS: 121
RESUMO:

Atualmente os custos no tratamento de pacientes com doenças
inflamatórias que progridem de forma sistêmica, com destaque para a
sepse, é a maior causa de morte em unidades de terapia intensiva, não
cardiológica, em todo o mundo. No Brasil, a incidência de pacientes com
sepse é cada vez mais frequente. Apesar dos avanços farmacológicos,
tecnológicos e cirúrgicos, a mortalidade por sepse e/ou doenças
associadas continua alta em todo o mundo, e por isso se busca
alternativas terapêuticas de fácil acesso e baixo custo para conter o
avanço dessa doença. Os produtos naturais vêm desempenhando importante
papel na indústria farmacêutica, pois algumas dessas substâncias agem de
forma benéfica sobre o sistema imunológico humano. Nos últimos tempos,
há uma crescente investigação das possíveis propriedades biológicas e
terapêuticas atribuídas ao óleo de rã-touro, pois esse óleo vem sendo
utilizado de forma indiscriminada pela população no tratamento de
diversas doenças como bronquite, asma, líquem escleroso, furunculose,
cisto sebáceo e para cicatrização de pele e mucosas. Porém as possíveis
consequências no consumo excessivo desse óleo são, o aumento da produção
de eicosanoides derivados do ácido araquidônico proinflamatório e a
deficiência na regulação hepática, predispondo à esteatose podendo
progredir para inflamação hepática e fibrose. Muitas hipóteses se
baseiam na atuação dos compostos presentes no óleo de rã-touro na
modulação da resposta inflamatória, impedindo assim a instalação de
injúrias teciduais. Dessa forma, a microemulsão apresenta-se como uma
possível alternativa para um novo sistema de liberação de fármacos, com
o intuito de diminuir a incidência de hepatoxicidade e protegendo o
organismo contra instalação de lesões teciduais em função do quadro
séptico. Assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar o potencial
anti-inflamatório do óleo de rã-touro puro e em um sistema
microemulsionado em modelo experimental. Neste estudo, foi determinado e
caracterizado um sistema microemulsionado (WIV) e, aplicado em ensaios
biológicos a fim de avaliar o potencial antiinflamatório do óleo puro e
em microemulsão. Foram utilizados o modelo de sepse, induzida pela
técnica da CLP (cecal ligant puncture), e a lesão muscular induzida pela
formalina. Os ensaios foram realizados em modelos murinos, onde os
animais foram separados aleatoriamente em grupos e tratados com o óleo
de rã-touro puro e em microemulsão, através da técnica de gavage para
posterior avaliação do potencial hepatotóxico e anti-inflamatório. Para
a análise do potencial anti-inflamatório em modelo de sepse, foram
realizadas lavagens bronco alveolares com posterior contagem de células
inflamatórias e análises histopatológicas do tecido pulmonar. Para a
análise no modelo de lesão muscular, foi avaliado extensão horizontal da
pata dos animais, bem como feita a análise histopatológica do tecido
muscular. Para a análise do potencial hepatotóxico das substâncias,
foram avaliados a taxa de sobrevida dos animais pós-sepse e as análises
histopatológicas dos tecidos hepáticos dos animais. Quando avaliado a
toxicidade do óleo de rã-touro puro e em sistema microemulsionado, foi
observado que no grupo em que foi administrado a microemulsão (ME), o
fígado teve a arquitetura preservada, mas com sinais clínicos de
esteatose hepática, diferentemente do grupo óleo de rã-touro puro (OR),
que apresentou múltiplos focos de necrose hepatocítica acompanhado de
infiltrado de polimorfonucleares. Esses achados evidenciam um quadro de
esteatohepatite, ou seja, um estágio mais avançado e um precursor do
carcinoma hepático. Quando avaliada a sobrevida dos animais, foi
observado que no grupo ME a taxa foi significativamente maior quando
comparado ao grupo OR. Quando avaliado o potencial anti-inflamatório da
ME e OR em modelo de sepse, foi observado em ambos os grupos potencial
de modulação da resposta inflamatória, visto a capacidade de reduzir de
forma significativa (P0.01) a migração de leucócitos para os pulmões
após a indução da sepse. Quando analisado a histologia dos tecidos
pulmonares dos animais dos dois grupos, foi verificado intenso desgaste
nos animais do grupo OR quando comparados com o grupo ME, onde
evidenciou-se pouco comprometimento tecidual. No ensaio de lesão
muscular, foi observado que o grupo ME e OR apresentaram bom potencial
antiedematogênico até a segunda hora da indução da lesão, quando
comparados ao grupo controle (P0.01), mas não sendo observado
diferenças significativas entre os dois grupos até a vigésima quarta
hora pós-lesão. Nas análises histológicas foram observadas maior
desgaste no tecido muscular do grupo OR, com intensa presença de
infiltrado celular (edema) e comprometimento de fibras musculares, não
sendo observado a mesma intensidade de injúria no grupo ME. Assim,
conclui-se que o óleo de rã-touro puro e em sistema microemulsionado
apresentam bom potencial anti-inflamatório nos modelos avaliados, embora
o óleo puro tenha apresentado alto potencial hepatotóxico,
caracterizando que este em um sistema microemulsionado, se mostra com um
possível novo sistema de liberação de fármacos (NSLF).
Palavras-chave: óleo de rã-touro; sistema microemulsionado, sepse;
inflamação; toxicidade.



MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1149356 - ELIZEU ANTUNES DOS SANTOS
Presidente - 2203888 - MARCIA RODRIGUES PEREIRA
Externo à Instituição - MARIA APARECIDA MEDEIROS MACIEL - UnP
Externo à Instituição - RICHARD HALTI CABRAL - USP
Externo ao Programa - 347057 - TEREZA NEUMA DE CASTRO DANTAS
Notícia cadastrada em: 10/02/2017 14:56
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