PPGFST PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE Teléfono/Ramal: (84) 3342-2002 https://posgraduacao.ufrn.br/ppgfst

Banca de DEFESA: DENISE DAL AVA AUGUSTO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : DENISE DAL AVA AUGUSTO
DATA : 21/12/2023
HORA: 14:00
LOCAL: sala 05 departamento de fisioterapia
TÍTULO:

Exercícios terapêuticos na tendinopatia do manguito rotador: prática clínica de
fisioterapeutas brasileiros e efeitos do exercício isométrico em indivíduos afetados.


PALAVRAS-CHAVES:

Exercício terapêutico; Manejo da dor; Ombro 


PÁGINAS: 95
RESUMO:

Introdução: O exercício terapêutico tem sido a intervenção primária no manejo das
repercussões clínicas e funcionais no tratamento de indivíduos com tendinopatia do
manguito rotador (MR). Os exercícios resistidos, excêntricos e concêntricos, têm se
mostrado eficazes para a melhora da função geral do ombro, e poucos estudos têm
sido desenvolvidos avaliando os efeitos do exercício isométrico na dor, função e
controle neuromuscular em indivíduos com tendinopatia do MR. Além disso, ainda
não se sabe se e como os fisioterapeutas brasileiros estão utilizando exercícios
resistidos para a reabilitação de pacientes com tendinopatia do MR. Assim, essa
Tese de Doutorado foi composta por dois estudos. Objetivos: Estudo I= Investigar
os efeitos de um protocolo de exercícios isométricos para os músculos do MR
associado a exercícios de alongamento e fortalecimento de músculos escapulares
sobre a dor e função do ombro, força e atividade eletromiográfica (EMG) dos
músculos do MR e ombro em indivíduos com tendinopatia de MR. Estudo II=
Investigar o uso dos exercícios terapêuticos por fisioterapeutas brasileiros no
manejo da tendinopatia de MR.
Métodos: Estudo I= Caracterizou-se por uma série de casos de onze indivíduos (8
mulheres e 3 homens, 37,9±5,6 anos) com tendinopatia do MR, que realizaram
exercícios isométricos do MR em combinação com alongamento e fortalecimento
da musculatura escapular durante 6 semanas. Os efeitos do tratamento foram
avaliados com base na dor e função do ombro autorrelatados pelo paciente, força
muscular isométrica, atividade eletromiográfica (EMG) durante a elevação do braço
e rotação interna e externa do ombro e dor durante a elevação do braço antes e no
final da primeira sessão e após 6 semanas de intervenção. Estudo II= Foi realizada
uma pesquisa online com fisioterapeutas brasileiros. A pesquisa incluiu uma
combinação de 62 perguntas abertas e fechadas, divididas em três seções: dados
demográficos dos participantes, experiência profissional e prática clínica na
reabilitação de pacientes com tendinopatia MR.
Resultados: Estudo I = Após seis semanas de intervenção, houve redução da dor
em repouso de 1,72 pontos (IC=-2.99 -0.44, d=1.20), durante atividades normais
de 3,80 pontos (IC=-5.72 -1.88, d=1.76) e durante atividades estenuantes de 3,10
pontos (IC=-5.02 -1.18, d=1.44), avaliadas pelo Penn Shoulder Score. Houve
melhora da função do ombro medida pelo Penn Shoulder Score (MD=15.7,IC=-27.3 -4.1, d=1.29) e pelo Western Ontario Rotator Cuff (MD=410.9, IC=-76.0 - 58.8, d=0.46), após 6 semanas de intervenção. Houve aumento da força muscularisométrica para elevação do braço (MD=3.24BW%, IC=0.17 6.31, d=0.45) erotação interna (MD=3.98BW%, IC=0.31 7.65, d=0.49), aumento da atividade muscular do infraespinhal (MD=8.6%, IC=1.30 15.90, d=0.51) e serrátil anterior (MD=12.1%, IC=4.34 17.86, d=0.60) e ainda redução da dor durante a elevação do braço (MD=1.99, IC=-3.64 -0.33, d=0.33). Não houve nenhuma alteração após aprimeira sessão de intervenção. Estudo II = Participaram da pesquisa 159 fisioterapeutas, onde 76% relataram ter especial interesse na reabilitação do ombro. A maioria dos fisioterapeutas recomendou exercícios isométricos (69,9%) na fase inicial da reabilitação e exercícios excêntricos (47,4%) na fase avançada. Porém, houve grande variabilidade na determinação do volume dos exercícios, principalmente nos exercícios isométricos. Na determinação e progressão da carga de exercício, a maioria dos fisioterapeutas considerou a dor e o conforto dopaciente, independentemente do tipo de exercício, e relatou que não interromperia os exercícios em caso de dor durante as fases inicial e tardia da reabilitação, apesar da dor ser considerada o principal efeito adverso do exercício e um critério para alta. A maioria (48,4%) recomendou reavaliar e modificar os exercícios semanalmente. Além dos exercícios resistidos, os fisioterapeutas também recomendaram outros exercícios e técnicas tanto na fase inicial quanto na fase avançada da reabilitação.

Conclusões: A série casos mostrou que um protocolo de exercícios isométricos de
MR em combinação com alongamento e fortalecimento da musculatura escapular
pode melhorar a dor e a força isométrica do ombro, bem como a função e a
atividade elétrica dos músculos infraespinhal e serrátil anterior após um período de
6 semanas de intervenção. Nossa pesquisa online mostrou que a maioria dos
fisioterapeutas brasileiros incorpora exercícios de fortalecimento de MR em seus
programas de reabilitação, e apesar da falta de consenso sobre alguns aspectos,
nossos achados indicam que a prática clínica dos fisioterapeutas brasileiros está
em consonância com a literatura e a prática atuais em outros países.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1081828 - CATARINA DE OLIVEIRA SOUSA
Externo à Instituição - JOSE DIEGO SALES DO NASCIMENTO - UFPB
Externo ao Programa - 2218684 - MARCELO CARDOSO DE SOUZA - nullExterna à Instituição - MICHELE FORGIARINI SACCOL
Externa ao Programa - 2613606 - SANDRA CRISTINA DE ANDRADE - null
Notícia cadastrada em: 29/11/2023 10:14
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