PPGFST PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE Teléfono/Ramal: (84) 3342-2002 https://posgraduacao.ufrn.br/ppgfst

Banca de DEFESA: WILDNA SHARON MARTINS DA COSTA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : WILDNA SHARON MARTINS DA COSTA
DATA : 18/11/2023
HORA: 14:30
LOCAL: Remoto
TÍTULO:
VALIDADE DISCRIMINATIVA DE ITENS DOS CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS PARA O 
ZUMBIDO SOMATOSSENSORIAL EM PACIENTES COM ZUMBIDO.
 

PALAVRAS-CHAVES:
estudo de validação, zumbido somatossensorial, qualidade de vida.

PÁGINAS: 67
RESUMO:

Introdução: o zumbido é definido como a percepção sonora de um som gerado nas vias auditivas ou para-auditivas. Quando o zumbido recebe influência da coluna cervical e/ou região temporomandibular tem-se o zumbido somatossensorial (ZSS). O diagnóstico do ZSS é feito com critérios padronizados e estabelecidos em um consenso internacional de especialistas, no entanto, a padronização do exame físico e as propriedades de medidas desses critérios ainda não foram avaliadas. Objetivo: propor um checklist do exame físico de itens adaptado do Diagnostic Criteria for Somatosensory Tinnitus para diagnóstico do ZSS e determinar a validade discriminativa de itens do critério diagnóstico entre pacientes com e sem ZSS. Métodos: estudo metodológico do tipo validade de grupos conhecidos, em que foram incluídos indivíduos na faixa etária de 18 anos ou mais, de ambos os sexos e queixa de zumbido, na qual foram recrutados a partir de um ambulatório de Otorrinolaringologia especializado, totalizando 100 pacientes divididos entre o Grupo com ZSS (n=46) e Grupo sem ZSS (n=54). Os pacientes foram avaliados por uma equipe multiprofissional para triagem da etiologia do zumbido, e nesse contexto, submetidos uma avaliação fisioterapêutica por meio de um exame físico estruturado, adaptado dos critérios diagnósticos do zumbido somatossensorial, para detectar a influência do sistema somatossensorial na causa do zumbido. Os itens verificados no exame físico foram: a modulação do zumbido às manobras somáticas (MS), à palpação da articulação temporomandibular (ATM), dos músculos mastigatórios e cervicais; a presença de dor e de pontos gatilho miofasciais (PGs). Os pacientes também foram questionados sobre a intensidade do incômodo provocado pelo zumbido por meio da Escala Numérica (EN) e o impacto do sintoma na qualidade de vida por meio do Tinnitus Handicap Inventory (THI). A validade de grupos conhecidos do checklist de exame físico dos critérios diagnósticos para o Zumbido Somatossensorial (CD/ZSS) foi avaliada pelo teste qui-quadrado, teste exato de Fisher e coeficiente Fi. Os escores do THI foram comparados entre os grupos utilizando o teste t de Student com tamanho de efeito mensurado pelo d de Cohen. Resultados: o Grupo com ZSS apresentou maior incômodo do zumbido (p<0,01); o estresse e prejuízo no sono foram autorrelatados como fatores de piora do zumbido que prejudicam a qualidade de vida em 82,6%  e 63%, respectivamente, nesses pacientes (p<0,01 e p=0,04) com associação variando de forte a muito forte (0,20-0,28). E ainda, os pacientes desse grupo tiveram um maior impacto na qualidade de vida em relação ao domínio funcional e pontuação total do THI (p=0,03 e p=0,05, respectivamente) quando comparado ao Grupo sem ZSS. Com relação aos itens do exame físico para o diagnóstico do ZSS, foram encontradas associações para modulação às MS em todos os movimentos da coluna cervical e da região mandibular (p<0,05) e no gaze-evoked (p<0,01), todos com um tamanho de efeito muito forte (Fi 0,32-0,54) para o Grupo com ZSS. Para o item dos critérios relacionados à palpação da ATM, o Grupo com ZSS apresentou maior frequência de modulação à palpação na ATM à esquerda (p=0,05) e presença de dor autorrelatada na ATM à direita (p<0,01), com associações de forte a muito forte (Fi 0,19 e 0,29, respectivamente). Já a presença de presença de crepitação na ATM não apresentou diferença estatisticamente significativa. Também houve associação para modulação à palpação em todos os músculos cervicais e mastigatórios avaliados (p<0,01) com um tamanho do efeito muito forte (Fi 0,27-0,47). No que diz respeito à presença de dor aos movimentos ativos cervicais e mandibulares houve significância estatística para os movimentos de flexão (p=0,05 e Fi=0,19), protrusão (p=0,01 e Fi=0,24) e retração (p=0,02 e Fi=0,22) da coluna cervical e da ATM nos movimentos de lateralização à direita (p=0,01 e Fi=0,24) e apertar dentes (p<0,01 e Fi=0,29). A presença de dor à palpação muscular foi estatisticamente significativa para a maioria dos músculos (p=0,01 a 0,04), variando a associação forte a muito forte (Fi 0,19-0,31). Quanto à presença de PGs houve maior diferença para o Grupo com ZSS nos músculos suboccipitais (p=0,01), ECOM à direita (p=0,04), trapézio superior direito (p<0,01) e esquerdo (p=0,05) e romboide bilateralmente (p=0,04) com a associação muito forte (Fi 0,18-0,27). Conclusão: o checklist de itens adaptados dos critérios diagnósticos para ZSS foi capaz de discriminar diferenças entre os grupos com e sem ZSS apresentando associações de forte a muito forte para os pacientes com ZSS. Espera-se, que o checklist possa auxiliar na identificação padronizada de pacientes com provável zumbido somatossensorial, tanto na prática clínica dos profissionais que atuam na assistência aos pacientes com zumbido e em pesquisas cientificas na temática.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - CARINA ANDREA COSTA BEZERRA ROCHA - USP
Presidente - 4374835 - KARYNA MYRELLY OLIVEIRA BEZERRA DE FIGUEIREDO RIBEIRO
Externa à Instituição - THAIS CRISTINA CHAVES - UFSCAR
Notícia cadastrada em: 07/11/2023 10:06
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