Banca de DEFESA: JESSICA DAYANNA LANDIVAR COUTINHO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JESSICA DAYANNA LANDIVAR COUTINHO
DATA : 23/03/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Sala de reunião da GEP, na Maternidade Escola Januário Cicco/UFRN
TÍTULO:

Indicadores clínicos, sociodemográficos e comportamentais no Aconselhamento Genético em Oncologia.


PALAVRAS-CHAVES:

aconselhamento genético; oncogenética; câncer hereditário;


PÁGINAS: 53
RESUMO:

O aconselhamento genético (AG) tornou-se um serviço de estratégia preventiva essencial para o manejo de pacientes de alto risco para câncer hereditário na era pós-genômica. A identificação de variantes de alto risco ao câncer em portadoras assintomáticas e o controle do seu risco demonstraram reduzir o câncer de mama e a taxa de mortalidade. O Brasil é um país continental de renda média com uma população heterogênea que se sugere ter a maior variação genética interna das populações amostradas. O presente estudo tem como objetivo avaliar os indicadores clínicos, sociodemográficos e comportamentais em pacientes de alto risco submetidos ao AG para câncer hereditário desde 2009, em um hospital de atenção ao câncer. O serviço recebeu 139 pacientes, sendo que 63,3% dos pacientes não tinham ensino superior, 89,3% tinham menos de 60 anos; 94% tiveram câncer de mama como diagnóstico primário e 23,7% carregam uma variante germinativa em genes de alto risco. A sobrevida global em 5 anos foi de 88,6%, sem diferença significativa entre os pacientes com mutação germinativa (IC 95%, p = 0,138). Após AG, 68,7% e 55,6% dos pacientes apresentaram score normal para depressão e ansiedade, respectivamente, independentemente da idade ao diagnóstico. Além disso, a decisão de se submeter à mastectomia redutora de risco (MRR) não foi influenciada pelos sintomas depressivos ou ansiosos. No entanto, 44,4% das mulheres com mais de 60 anos não apresentaram vontade de realizar a MRR. Entre os pacientes com variante patogênica, 58% afirmam que o diagnóstico de mutação germinativa foi capaz de modificar hábitos cotidianos, 91,7% das mulheres conseguiram entender o significado da mutação germinativa e as implicações para a saúde delas e da família, porém, isso estava diretamente relacionado ao nível de escolaridade. Esses resultados reafirmam o impacto do AG em uma região subdesenvolvida do país com alta consanguinidade parental, heterogeneidade fenotípica e destaca a disparidade de saúde do câncer que existe para a população de alto risco.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1714243 - DANIELLA REGINA ARANTES MARTINS SALHA
Interna - 1199080 - ANA KATHERINE DA SILVEIRA GONCALVES DE OLIVEIRA
Externo à Instituição - KLEYTON SANTOS DE MEDEIROS
Notícia cadastrada em: 21/03/2023 20:06
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