Oxidação eletroquímica de poluentes emergentes: estudos voltamétricos e produção de hidrogênio verde.
OXIDAÇÃO ELETROQUÍMICA, BDD, POLUENTES EMERGENTES, HIDROGÊNIO VERDE.
Os processos eletroquímicos oxidativos avançados são eficazmente utilizados para tratar efluentes contendo poluentes orgânicos. Neste trabalho foi estudada a oxidação eletroquímica de fármacos e corante, em meio aquoso. Os estudos eletroanalíticos mostraram que, para o fármaco Olanzapina, os processos de oxidação direta quanto de oxidação indireta podem ocorrer utilizando o eletrodo de diamante dopado com boro, confirmando a versatilidade desse eletrodo. Os parâmetros investigados foram a influência do eletrólito suporte, pH e densidade de corrente enquanto os métodos analíticos utilizados para análise da degradação dos poluentes foram a espectroscopia UV-Vis, demanda química de oxigênio (DQO), carbono orgânico total (COT) e cromatografia de alta eficiência (HPLC), obtendo resultados com percentual de remoção superior a 90%. Para a produção de hidrogênio, os experimentos eletroquímicos foram realizados em uma célula eletroquímica de dois compartimentos separados por uma membrana de Nafion, onde foi possível realizar a oxidação do corante calcon e em simultâneo produzir hidrogênio no compartimento catódico. Os resultados da oxidação eletroquímica do corante calcon, utilizando eletrodo de BDD demonstraram claramente que a aplicação desse eletrodo se mostrou bastante eficiente, onde a concentração significativa de radicais hidroxila •OH formado no BDD ataca de forma eficaz o corante, promovendo um ótimo desempenho de oxidação, pois não somente reduziu a cor do efluente, como também levou a sua mineralização. Em relação à produção de hidrogênio, os resultados mostraram que a velocidade de produção de H2 é dependente da corrente aplicada e do tempo de eletrólise, mostrando eficiência faradáica superior a 90% durante o processo.