AVALIAÇÃO DE CAPRINOS NATURALMENTE INFECTADOS POR PARASITOS GASTRINTESTINAIS EM REGIME DE CONFINAMENTO.
Caprinocultura; Endoparasitos; Manejo animal; Palma Forrageira.
A caprinocultura é uma atividade difundida mundialmente e no Brasil possui importante papel na economia. Infelizmente, a produção desses animais vem sendo prejudicada por problemas associados a parasitos gastrintestinais que afetam o desenvolvimento do rebanho e consequentemente geram perdas econômicas. Como forma de controlar as infecções parasitárias, estratégias alternativas ao uso de antihelmínticos estão sendo pensadas. Nesse sentido, objetivou-se avaliar a resposta de caprinos machos às infecções naturais por parasitos gastrintestinais quando mantidos em regime de confinamento e alimentados com duas fontes de fibra dietética. Para isso 24 caprinos, sem padrão de raça definido, 12 castrados e 12 não castrados, alimentados com palma e bagaço de cana-de-açúcar ou palma e feno de capim elefante, foram avaliados semanalmente, por um período de 120 dias, através da contagem de ovos (OPG) e oocistos (oOPG) por grama de fezes, peso, volume globular (VG) e coprocultura. Após esse período, três animais de cada tratamento foram aleatoriamente escolhidos, abatidos e necropsiados para coleta do trato gastrintestinal e recuperação dos parasitos adultos. Não houve diferença significativa (p>0,05) quanto as características fenotípicas avaliadas. A contagem de células efetoras da resposta imune também não apresentou diferença significativa (p>0,05) entre os grupos estudados. Foram identificadas seis espécies distintas de Eimeria spp., sendo E. ninakohlyakimovae a espécie prevalente (29%). Para os helmintos, 1.251 parasitos adultos foram identificados, havendo prevalência para o gênero Oesophagostomum spp. (1.210), seguido por Haemonchus spp. (30), Trichostrongylus spp. (7) e Trichuris spp (4). Os animais alimentados com palma e feno de capim elefante, independente da condição sexual, foram os que apresentaram maior carga parasitária, o que reforça a importância de compreender as variações no manejo animal e como este pode interferir na infecção por endoparasitos em caprinos.