Banca de DEFESA: RAQUEL MARINHO DE SOUZA CAVALCANTE

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : RAQUEL MARINHO DE SOUZA CAVALCANTE
DATA : 06/11/2020
HORA: 15:00
LOCAL: Vídeo conferência
TÍTULO:

CARACTERIZAÇÃO MACRO E MICROSCÓPICA DA LÍNGUA E ESÔFAGO DE TARTARUGAS MARINHAS (TESTUDINES)


PALAVRAS-CHAVES:

Chelonia mydas. Caretta caretta. Histologia. Estereologia. Papilas.


PÁGINAS: 77
RESUMO:

Pouco se conhece sobre a morfologia macro e microscópica do trato gastrointestinal de tartarugas marinhas, tendo em vista que todas as espécies estão classificadas em algum nível de ameaça de extinção. Nesse contexto, pode-se considerar que estudos sobre a biologia básica desses animais nos permite tomar importantes decisões de manejo para a conservação. Ainda há escassez de informações que relacionem hábitos alimentares com a morfologia interna do trato gastrointestinal superior (língua e esôfago) desses animais. Além disso, não há estudos que comprovem a função da língua no processo de digestão. Por esse motivo, o presente trabalho tem como objetivo caracterizar a morfologia macro e microscópica de língua e esôfago de tartarugas marinhas, estabelecendo comparações entre as espécies e seus hábitos alimentares. Durante o período de janeiro de 2018 a novembro de 2019, foram avaliadas amostras de língua e esôfago de tartarugas marinhas encalhadas mortas ou que vieram á óbito na Base de Reabilitação do PCCB-UERN, em todo o litoral do RN e litoral leste do CE. Os animais foram necropsiados e os órgãos de interesse foram dissecados conjuntamente e fixados em formol 10%. Posteriormente, foi realizado o registro fotográfico, pesagem e biometria e em seguida, as amostras de língua foram encaminhadas para clivagem histológica, enquanto as amostras de esôfago foram destinadas para o processamento da técnica estereológica. Como resultados, vale destacar os achados histológicos inéditos referentes à língua das tartarugas marinhas. Foi observado que a superfície dorsal é revestida por epitélio estratificado pavimentoso queratinizado com papilas em formato filiforme e fungiforme. A lâmina própria apresentou-se constituída por tecido conjuntivo frouxo com presença de plexos nervosos e vasos sanguíneos. A musculatura da língua é distribuída em duas orientações, longitudinal e transversal. Em C. mydas, observou-se glândulas salivares, enquanto em C. caretta, foi descrito um epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado com células caliciformes, achados na região posterior da língua. A presença de glândulas e células caliciformes sugere a secreção de saliva e muco, respectivamente,  pelo órgão. Além disso, nas análises estereológicas do esôfago, foi observado que espécie C. mydas possui maior densidade de volume (Vv) e volume total (Vtot) na camada muscular, enquanto que a espécie C. caretta, apresentou maiores valores para a camada mucosa. A partir dos achados, pode-se inferir que a língua, provavelmente, auxilia na digestão química e que o esôfago apresenta diferenças morfológicas e funcionais entre as duas espécies. 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1672446 - SIMONE ALMEIDA GAVILAN
Interno - 1076490 - FERNANDO VAGNER LOBO LADD
Externo à Instituição - GERALDO JORGE BARBOSA DE MOURA - UFRPE
Notícia cadastrada em: 06/11/2020 09:41
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - (84) 3342 2210 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sigaa04-producao.info.ufrn.br.sigaa04-producao