Avaliação dos efeitos da ação sinérgica do anti-hipertensivo carvedilol e nanopartícula de ouro em células de carcinoma hepatocelular humano.
Câncer de fígado, Apoptose, Nanopartícula de ouro, Carvedilol.
O câncer de fígado é considerado um dos cânceres mais prevalente no mundo e apresenta tratamentos que não se mostram promissores, necessitando de formas alternativas de combate ao tumor. As nanopartículas de ouro tem despontado como uma importante modalidade de tratamento para diversas doenças devido as características de seus nanoconjugados. Somado a isso, o anti-hipertensivo carvedilol tem demonstrado, na literatura recente, potencial anti-tumoral. Diante disto, o objetivo do trabalho é avaliar a ação anti-tumoral, isolada e sinérgica, da naopartícula de ouro e do anti-hipertensivo carvedilol sobre células tumorais (HepG2) e normais humanas (HEK-293) nos tempos de 24 e 48 horas. Para tanto, foi realizado o teste de viabilidade pela exclusão do azul tripan, afim de se estabelecer as doses de nanopartícula de ouro e carvedilol que provocassem baixa inibição do crescimento celular das células da linhagem HepG2. As doses selecionadas da nanopartícula de ouro e carvedilol foram utilizadas, isoladas e em sinergismo, para análise de morte celular por citometria de fluxo pela marcação da Anexins V-FITC e PI. Para a observação da sinergia, as células foram tratadas com nanopartícula de ouro e 24 horas após o tratamento, tratadas com carvedilol. Após mais 24 horas, as células eram analisadas. As melhores doses do teste de viabilidade celular apresentaram, através da citometria de fluxo, atividade pró-apoptótica sobre as células tumorais humanas (HepG2). Para apoptose inicial e final, as doses de carvedilol isolado e em sinergismo com a nanopartícula demonstram resultados estaticamente significativos (P<0,001) em ambos os tempos. Em relação as células normais humanas (HEK-293), as doses não se mostraram promotoras de apoptose inicial e final, estatisticamente significantes, em ambos os tempos. Houve redução da apoptose inicial (P<0,01) e final (P<0,01) para as menores doses em sinergismo em células normais.