Banca de QUALIFICAÇÃO: CARINA IONÁ DE OLIVEIRA TORRES

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : CARINA IONÁ DE OLIVEIRA TORRES
DATA : 28/02/2023
HORA: 10:00
LOCAL: Auditório do Museu de Ciências Morfológicas
TÍTULO:

MODELO ANIMAL DE DEPRESSÃO PARA ESTUDO DE FÁRMACOS ANTIDEPRESSIVOS DE AÇÃO RÁPIDA


PALAVRAS-CHAVES:

Antidepressivos de ação rápida; Ingestão crônica de corticosterona; Modelo de roedor; Transtorno depressivo maior.


PÁGINAS: 52
RESUMO:

O Transtorno Depressivo Maior (TDM) é caracterizado como um dos distúrbios mentais mais prevalentes e incapacitantes no mundo. Ainda assim, o tratamento farmacológico da depressão possui limitações importantes, como a baixa eficácia, presença de diversos efeitos colaterais e a demora para promoção dos efeitos terapêuticos, que levam pacientes ao abandono do tratamento. Dessa forma, a identificação de fármacos antidepressivos de ação rápida é necessária e, para tanto, os modelos animais são ferramentas úteis, tendo em vista as limitações éticas e práticas atreladas aos estudos em humanos. Entretanto, ainda não existem modelos de depressão capazes de detectar seletivamente antidepressivos de ação rápida e o desenvolvimento de um modelo animal capaz de selecionar fármacos com esse perfil poderia representar um avanço substancial no tratamento e compreensão do TDM e suas bases biológicas. Nesse sentido, o presente projeto tem como objetivo geral avaliar a exposição crônica à corticosterona por via oral como modelo animal para identificar antidepressivos de ação rápida. Para tal, camundongos Swiss machos foram submetidos a ensaios pilotos para selecionar o melhor tipo de corticosterona e as condições experimentais adequadas para realização dos testes comportamentais. Em seguida, os animais foram divididos em dois grupos e receberam os seguintes tratamentos durante 42 e 28 dias ininterruptos: água mineral (controle) e corticosterona (hidrocortisona dissolvida em água 0,1 e 0,03 mg/ml). Ao longo do período de exposição, foram realizados os testes de preferência por sacarose, campo aberto, marble burying test, suspensão pela cauda, natação forçada e interação social para investigar os comportamentos associados à depressão, ansiedade, e a atividade locomotora. No 21º dia, os camundongos tratados com hidrocortisona foram divididos em grupos que receberam cetamina (10 e 100 mg/kg, ip) ou veículo. Os resultados obtidos sugerem que a hidrocortisona 0,1 mg/ml foi capaz de induzir comportamentos relacionados à depressão e à ansiedade, além de hiperlocomoção nos animais, porém associada a grande perda de peso e óbitos. Em dose menor, a hidrocortisona provocou efeito ansiogênico logo nos primeiros dias de exposição, enquanto que o comportamento anedônico surgiu após 2 semanas de exposição ao corticoide. Apesar do reduzido número amostral, o tratamento agudo com cetamina (a depender da dose), por sua vez, tendeu a reverteu a anedônia, o efeito ansiogênico e hiperlocomotor causado pela hidrocortisona 0,03 mg/ml, principalmente após 4 dias de sua administração. Por fim, os dados aqui apresentados apontam que o modelo proposto de exposição repetida à hidrocortisona por via oral foi capaz de mimetizar as alterações comportamentais (sintomatológicas) apresentadas por pacientes com o TDM, possuindo, portanto, uma boa validação de face.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1645202 - ELAINE CRISTINA GAVIOLI
Interna - 1720860 - VANESSA DE PAULA SOARES RACHETTI
Externa ao Programa - 3274279 - VINICIA GARZELLA METZ - null
Notícia cadastrada em: 27/02/2023 15:02
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