A VOZ E A VEZ DO LEITOR EM MORTE E VIDA SEVERINA: UMA ABORDAGEM DE RECEPÇÃO, LEITURA E PERFORMANCE
Leitura literária. Fruição literária. Performance da leitura.
Na atual era da informatização do espaço escolar, onde todos estão cercados de informações tão rápidas e, na mesma medida, perecíveis, podemos constatar que poucas destas atualizações são traduzidas em experiências relevantes para a formação do aluno. Ao passo que a escolha de trabalhar com o texto literário poético, aqui, é, inegavelmente, a tentativa de fazer o inverso: transformar a experiência de fruição literária em conhecimento permanente para a comunidade escolar. Este trabalho é uma tentativa de desenvolver de maneira assertiva e efetiva a indicação de trabalho lançada pelos PCNs, sob a égide da LDB da educação pública brasileira, no que compete às práticas de leitura e fruição literária em sala de aula. Para tal, a peça-poema Morte e vida Severina, do autor pernambucano, de João Cabral de Melo Neto, será o texto base de leitura coletiva deste estudo, desenvolvido nas etapas de leitura, recepção e performance textuais sob o esforço teórico investigativo perpassando as orientações, entre outras, de Bordini (1996), Cosson (2006), Zumthor (1993) e Pinheiro (2003). A partir desse referencial teórico, procedeu-se a utilização do corpo durante os processos das leitura literárias, pois é através dele que estamos no mundo. Nesse sentido e pensando na a leitura que “desaloja o homem do seu corpo”, através das leituras, representações e produções de textos dos alunos, pôde-se observar, ao longo da pesquisa, a elaboração de diversos sentidos e ressignificações com a obra selecionada na sala de aula, de maneira que, resultantes da referida prática interventiva, foram produzidos diversos produtos pedagógicos, explorados ao longo deste trabalho.