A EQUIDADE NO ACESSO DE CRIANÇAS SURDAS AO IMPLANTE COCLEAR
Palavras-chave: Implante Coclear, Surdez, Desenvolvimento da Linguagem, Equidade em Saúde, Equidade em Cobertura.
O Implante Coclear (IC) é um dispositivo eletrônico capaz de substituir parcialmente um órgão sensorial em indivíduos com perdas auditivas de grau severo a profundo. O Brasil conta atualmente, com 26 centros de referência que dão assistência à população surda em todas as idades, tanto na rede privada como no Serviço Único de Saúde. O objetivo deste estudo é conhecer o perfil sociodemográfico e a etiologia da surdez de crianças submetidas ao implante coclear pelo Sistema Único de Saúde, no Rio Grande do Norte. Trata-se de um estudo transversal, realizado a partir das informações dos prontuários de crianças usuárias de implante coclear em todo o estado, no serviço de referência em Implante Coclear, Clínica Otomed. A população de estudo foi composta de crianças de 0 a 12 anos, de ambos os sexos, usuárias de implante coclear, que realizaram a cirurgia e ativação entre o período de Janeiro de 2008 a Dezembro de 2017, residentes no estado do Rio Grande do Norte. Para a análise das variáveis qualitativas foi utilizada a descrição de frequências absolutas e relativas. Para as variáveis quantitativas foram extraídas as medidas de tendência central e de dispersão. A análise qualitativa também considerou as descrições sobre os casos com dissertação dos achados peculiares dos casos relevantes. Os resultados parciais revelam que o serviço tem funcionado de maneira positiva no que diz respeito ao acesso equânime de famílias de baixa renda e diagnóstico precoce, no entanto aspectos negativos como a falta de diagnóstico etiológico da surdez, a realização do Implante Coclear após o período crítico para o desenvolvimento da linguagem oral e a falha de registros nos prontuários também foram observados.