ACURÁCIA DO RELACIONAMENTO PROBABILÍSTICO DE REGISTROS NA IDENTIFICAÇÃO DE ÓBITOS POR QUEDAS DE IDOSOS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE.
Idoso, quedas, sistemas de informação, mortalidade, hospitalização.
Comumente tem se observado o subregistro de óbitos por quedas de idosos. Nesse quesito, o relacionamento probabilístico de registros vem sendo cada vez mais empregado na identificação de subregistros e para a melhoria da qualidade da informação. O objetivo deste trabalho foi avaliar a acurácia do relacionamento probabilístico na identificação de óbitos por quedas indivíduos com 60 anos e mais, no Estado do Rio Grande do Norte, nos anos de 2010 e 2015. Trata-se de um estudo de Diagnóstico, com base no relacionamento probabilístico (linkage) dos registros de óbitos por quedas informados ao Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) e as internações com informações de quedas no Sistema de Internações Hospitalares (SIH) utilizando o software RecLink. Em 2010 e 2015 foram informados ao SIM um total de 23631 óbitos de idosos, e 106 (0,45%) deles foram causados por quedas. No mesmo período, o SIH informa 3107 procedimentos de internação de idosos com diagnóstico primário ou secundário de quedas, sendo que destes, 163 evoluíram para óbito, uma diferença de 57 óbitos. O método apresentou em 2010 sensibilidade de 99,9%, especificidade de 74,7%, valor preditivo positivo de 65,4%, valor preditivo negativo de 99,9% e acurácia de 82,8%, em 2015 estes valores foram, respectivamente, 99,8%, 83,8%, 62,6%, 99,9% e 87,2%. Após o linkage o Coeficiente de mortalidade Específico por queda foi ajustado em 2010 de 15,9 para 65,2/1000.000hab, e em 2015 de 14,7 para 64,3, um aumento de 308% e 333% respectivamente. Esses resultados sugerem que o relacionamento probabilístico de registros é uma valiosa ferramenta na identificação de subregistro nos sistemas. Observa-se a necessidade de se qualificar os dados de morbimortalidade por queda em idosos no RN, para que se possa ter o quadro epidemiológico mais próximo da realidade e que esses dados possam servir de base para o delineamento de estratégias de promoção da saúde e prevenção desse agravo.