Fenótipo de pré-fragilidade e rigidez arterial em idosos: um estudo transversal
Fragilidade; doença cardiovascular; velocidade de onda de pulso; doença vascular; envelhecimento.
Introdução: o fenótipo de pré-fragilidade é associado com maior risco para doenças cardiovasculares (DCV) entre idosos. Entretanto, não são claros os fatores que poderiam explicar a associação entre pré-fragilidade e DCV. A rigidez arterial é um marcador subclínico e forte preditor de DCV. Objetivo: investigar a associação entre fenótipo de pré-fragilidade e rigidez arterial em idosos sem diagnóstico de DCV residentes na comunidade. Métodos: esse estudo transversal incluiu 249 idosos entre 60-80 anos. O fenótipo de pré-fragilidade foi definido pelo critério padronizado de Fried (baixa força muscular; baixa velocidade de marcha; baixo nível de atividade física; perda de peso não intencional; exaustão física autorrelatada). Participantes com um ou dois critérios padronizados de Fried foram classificados como pré-frágeis e aqueles com zero critério como robustos. Rigidez arterial foi mensurada pela velocidade de onda de pulso aórtico (VOPa). Um modelo linear generalizado foi utilizado nas análises. Resultados: dos 249 participantes (66,1 ± 5,3 anos; 79,5% mulheres), 61,8% (n = 154) foram pré-frágeis e 38,2% (n = 95) robustos. Idosos pré-frágeis apresentaram maior VOPa (β = 0,19 m/s; p = 0,007) comparado com seus pares robustos. Conclusão: o fenótipo de pré-fragilidade foi associado com maior rigidez arterial em idosos sem diagnóstico de DCV residentes na comunidade. A rigidez arterial aumentada poderia explicar parcialmente a associação entre pré-fragilidade e DCV em idosos.