Banca de QUALIFICAÇÃO: VICTOR SABINO DE QUEIROS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : VICTOR SABINO DE QUEIROS
DATA : 27/11/2020
HORA: 10:30
LOCAL: DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
TÍTULO:

TREINAMENTO FÍSICO COM RESTRIÇÃO DE FLUXO SANGUÍNEO: ASPECTOS METODOLÓGICOS E EFEITOS COLATERIAS DECORRENTES DA TÉCNICA


PALAVRAS-CHAVES:

KAATSU; Oclusão vascular; Exercício físico; Reabilitação; Dor muscular tardia; Dano muscular. 


PÁGINAS: 57
RESUMO:

O treinamento com restrição de fluxo sanguíneo (RFS) tornou-se consideravelmente popular nos últimos anos. Portanto, torna-se relevante analisar a ocorrência de efeitos colaterais decorrentes da técnica. O objetivo deste estudo foi (i) sistematizar as evidências científicas sobre o efeito do treinamento resistido (TR) com RFS (TR+RFS) no dano muscular (DM) e (ii) analisar a prevalência de efeitos colaterais decorrentes da técnica. No primeiro estudo, dois pesquisadores realizaram de forma independente e cega buscas nas bases de dados eletrônicas: PubMed, Scopus, Web of Science, CINAHL, LILACS e SPORTdicus. Ensaios clínicos randomizados e não randomizados que analisaram o efeito do TR+RFS sobre marcadores de DM em seres humanos foram incluídos. Vinte estudos foram elegíveis para esta revisão, englobando 332 participantes saudáveis (homens, n = 281; mulheres, n = 51). Em 70% dos estudos (n=14), as amostras foram compostas por indivíduos não-treinados. A maioria dos estudos contou com mais de um marcador de DM e a dor muscular tardia foi a medida utilizadas com maior frequência. Os resultados para ocorrência de DM após sessões de TR+RFS de baixa carga foram ambíguos e utilização de esquema de repetições pré-definindo versus falha muscular parece ser o ponto descriminante para essa divergência, sobretudo em indivíduos não-treinados. No segundo estudo, 113 profissionais que utilizavam a técnica responderam a um questionário autoaplicável, composto por 21 questões. Os profissionais reportaram aplicar a técnica em indivíduos com diferentes faixas etárias, desde os mais jovens (≤18 anos; 3.5%) até idosos (60-80 anos; 30.7%), mas principalmente em pessoas com idade de 20-29 anos (74.6%). A maioria dos profissionais (99.1%) associou a RFS ao exercício resistido. Os principais objetivos almejados foram hipertrofia muscular e reabilitação física, independente da modalidade usada. Cento e quatro (92%) profissionais declaram ter observado pelo menos 1 SE decorrentes do exercício com RFS. A maioria dos profissionais observou formigamento (71.2%) e dor muscular tardia (55.8%). Rabidomiólise, desmaios e hemorragia subcutânea foram reportados em menor frequência (1.9%, 3.8% e 4.8%, respectivamente). Conclui-se que a técnica é segura, tendo em vista que a prevalência de efeitos colaterais graves é mínima. Todavia, alguns aspectos metodológicos, como a utilização de séries até o alcance da falha muscular, devem ser considerados objetivando maximizar a segurança da técnica, sobretudo em contextos clínicos.

 

MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2627140 - BRENO GUILHERME DE ARAUJO TINOCO CABRAL
Externo à Instituição - GABRIEL RODRIGUES NETO - FACENE
Interno - 2626634 - PAULO MOREIRA SILVA DANTAS
Externo ao Programa - 2566849 - WOUBER HÉRICKSON DE BRITO VIEIRA
Notícia cadastrada em: 29/10/2020 19:40
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