IMPACTO DO TREINAMENTO FUNCIONAL NO CONTROLE POSTURAL, COMPOSIÇÃO CORPORAL, FORÇA E NAS AVD`s DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL.
PALAVRAS-CHAVE:Equilibrio Postural, Deficiência Intelectual, Treinamento Multicomponente, AVD`s.
Pessoas com deficiência intelectual (DI) possuem o equilíbrio afetado quando comparado a pessoas sem DI, os problemas com equilíbrio postural começam quando jovens e permanecem por toda a vida. O objetivo do estudo foi avaliar o impacto do treinamento funcional no equilíbrio postural e nas AVD`s de pessoas com DI. Foram avaliados 14 indivíduos com idade entre 17 e 43 anos sendo 11 homens e 3 mulheres, todos foram submetidos a 12 semanas de intervenção através da metodologia do Treinamento Funcional. Foram avaliados em quatro condições,bi-podal com visão, bi-podal sem visão, bi-podal com visão e espuma e tandem,os componentes do controle postural: amplitude média de oscilação ântero-posterior, amplitude média de oscilação médio-lateral, velocidade média ântero-posterior, velocidade média médio-lateral, velocidade média total, perímetro ântero-posterior, perímetro médio-lateral, área e deslocamento total, nos períodos pré, pós-intervenção e destreino, estas medidas foram realizadas na Plataforma de Força triaxial, Cefise. Para composição corporal foram avaliados o índice de massa corporal, o percentual de gordura, a massa gorda, a massa magra e a massa livre de gordura, estas medidas foram realizadas no densitômetro Lunar DXA (GE Healthcare). Para força de preensão manual foi utilizado dinamômetro grip ( Jamar ) e para avaliação da força superior do corpo utilizou-se o teste de flexão isométrica. Utilizou-se a estatística descritiva com valores individualizados para o controle postural. Para a comparação entre as condições foi usado o teste de wilcoxon e para as inferências quanto a possíveis modificações entre o pré-teste e pós-teste para área e deslocamento total, utilizamos o delta de mudança através da seguinte equação: Δ=((Pós/Pré)-1). Para a avaliação do controle postural não foi observado diferença estatística nas condições avaliadas. Para a composição corporal foi observada diferença estatística no percentual de gordura %G (p=0,022) e na massa gorda MG (p=0,009). Para força de preensão manual foi observada diferença estatística na mão direita (p=0,030) e para a mão esquerda (p=0,009), como também foi observada diferença estatística no teste de flexão isométrica (p=0,009). Contudo, entre os achados deste estudo ressaltamos que as estratégias individuais de avaliação, bem como as particularidades individuais na melhoria dos componentes do controle postural, na composição corporal e na força repercutiram de forma positiva nas AVD`s. Deste modo a trajetória envolvida nos processos de avaliação e intervenção podem repercurtir em benefícios para atividades da vida diária (AVD`s) envolvendo o controle postural desta população, bem como servir de apoio a novas pesquisas.