O IAC - ÍNDICE DE ADIPOSIDADE CORPORAL É UM BOM PREDITOR DE GORDURA CORPORAL EM ADULTOS?
Obesidade, avaliação física e composição corporal.
A obesidade é um grave problema de saúde pública no mundo que reduz a expectativa de vida, uma vez que aumenta o risco de se desenvolver doenças crônicas não transmissíveis, como hipertensão arterial, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e cerebrovasculares (Bastien et al, 2014). O aumento de riscos de saúde associados à obesidade relaciona-se não apenas com a quantidade total de gordura, mas também como ela é distribuída, principalmente na região abdominal (Stolarczyk et al, 2000). Existem vários métodos de se avaliar a composição corporal. Os métodos de avaliação realizados em laboratórios com equipamentos sofisticados representam boa opção, entretanto são caros e de difícil acesso, principalmente para estudos populacionais. Recentemente foi proposto um índice com o objetivo de mensurar a adiposidade corporal com o argumento de que seria um bom substituto para o IMC, já que não precisava da medida de massa corporal, denominado índice de adiposidade corporal (IAC), calculado a partir da medida da circunferência do quadril e da estatura (Bergman et al, 2011). Nosso estudo teve como objetivo analisar se o IAC é preditor válido de gordura corporal em adultos brasileiros. Foram avaliados 425 indivíduos com idade entre 20 e 59 anos, sendo 204 homens e 221 mulheres, os quais passaram por uma avaliação antropométrica. A técnica padrão foi a Abortometria radiológica de dupla energia (DEXA). Foi realizado o Teste t pareado, a regressão linear e a plotagem de Bland-Altman para testar a validade do modelo proposto. Utilizou-se a estatística descritiva com valores individualizados para a composição corporal.