Banca de QUALIFICAÇÃO: LUHANE SILVA DE MORAIS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LUHANE SILVA DE MORAIS
DATA : 13/12/2018
HORA: 14:00
LOCAL: Departamento de Educação Física
TÍTULO:

TREINAMENTO ESPECIALIZADO NO FUTEBOL: ASPECTOS MORFOLÓGICOS RELACIONADOS À JOVENS ATLETAS


PALAVRAS-CHAVES:

Tecido Ósseo; Tecido Muscular; Crescimento; Carga de Treino e Adolescente.


PÁGINAS: 40
RESUMO:

INTRODUÇÃO: O processo maturacional gera alterações morfológicas no tecido ósseo e muscular, que podem ser influenciadas pelo treinamento esportivo. Estas alterações por sua vez, dependendo da carga externa do treinamento ou de competição que os jovens atletas são submetidos podem ser positivas ou negativas. Cargas excessivas podem desencadear queda no rendimento esportivo e prejuízos nos parâmetros de saúde dos esportistas. OBJETIVO: Demonstrar o processo de adaptação morfológica durante uma temporada de treinamento e competição em jovens atletas da categoria Sub-15. MÉTODOS: Participaram 17 atletas [14,8 ± 0,4 anos; 61,0 ± 9,6 kg; 171,2 ± 5,5 m; -0,2 (-0,4; 0,5) anos para o PVC] monitorados durante 14 semanas de treinos (3 a 4 vezes por semana/120 min dia). Durante esse período verificou-se: carga interna do treino (PSE da sessão); as medidas antropométricas para avaliação do pico de velocidade de crescimento (PVC); densidade mineral óssea (DMO), conteúdo mineral ósseo (CMO) e massa muscular através do DXA. O monitoramento foi realizado em três momentos: inicial (pré-temporada - PT), período de preparação (PP) e final do período competitivo (PC). Ainda, foram investigados o consumo médio de ingestão de cálcio através do Recordatório Alimentar (R24h) e o nível de atividade física pela acelerometria. Utilizou-se o Teste t de Student pareado para comparar a carga interna média entre o Periodo de Preparação e o Periodo Competitivo; a ANOVA de medidas repetidas seguida do post hoc de Bonferroni para comparar o CMO e DMO ao longo dos três meses e a correlação linear de Person para verificar a associação entre o PVC com a DMO e o CMO. RESULTADOS: A carga interna média dos treinos do Período de Preparação (PP) e Período de Competitivo (PC) foram semelhantes [1493,0 ± 148,5 vs. 1344,7 ± 311,9 u.a., t(16) = 2,109; p = 0,051]. A ingestão calórica de cálcio dos participantes foi de 515,4 g (429,6 a 617,4 g). O nível de atividade física foi: sedentário (501,1 ± 91,4), leve (267,6 ± 50,5) e moderada-vigorosa (54,2 ±9,6) min/dia. O CMO da perna e tronco foram maiores no período competitivo comparado a pré-temporada (p = 0,001) e (p = 0,011), respectivamente. O CMO do corpo todo foi maior no período competitivo comparado a pré-temporada (p = < 0,001) e ao período de preparação (p = 0,003). Houve incremento de massa muscular de PT para PP (p=0,021). Não houve modificações significantes na DMO ao longo do período analisado (p=0,174). Houve correlação significante entre os valores de PVC e CMO no corpo todo, pernas e tronco (r=0,81, p<0,001; r=0,81, p<0,001; r=0,78, p<0,001) respectivamente e entre PVC e DMO (r=0,59; p=0,013). CONCLUSÃO: Durante a temporada de treinamento e competição observou-se um aumento de CMO e massa muscular de acordo com o esperado pelo processo maturacional, visto pelo PVC. Ainda que não tenha ocorrido alterações de carga de treino durante a temporada, o treinamento aplicado parece não ter influenciado negativamente o processo de mineralização óssea, mesmo diante de uma condição de baixa ingestão de cálcio apresentada pelos futebolistas.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1793257 - ARNALDO LUIS MORTATTI
Interno - 2627140 - BRENO GUILHERME DE ARAUJO TINOCO CABRAL
Interno - 2682821 - EDUARDO CALDAS COSTA
Externo à Instituição - ENIO RICARDO VAZ RONQUE - UEL
Externo à Instituição - LEONARDO DE SOUSA FORTES - UFPE
Notícia cadastrada em: 04/12/2018 11:04
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