Corpo e expressividade no cinema de Charles Chaplin: notas sobre o conhecimento da Educação Física
Corpo, Cinema, Percepção, Esquema corporal e Expressividade.
O cinema nós dá o movimento do corpo, altera a nossa percepção, nos leva a vertigem, e essa apreciação do movimento da câmera nos envolve, nos transporta para outros mundos, outras emoções, realidades, momentos, é isso que o cinema faz com a nossa percepção e nós espectadores tomamos o cinema como um modo de alargamento do pensamento para refletir as diversas situações, reais ou imaginárias. Nessa direção, considerando essa experiência, o objetivo da pesquisa é estabelecer relações entre corpo e expressividade a partir de apreciações de obras cinematográficas de Charles Chaplin e configurar horizontes de compreensão do conhecimento estético na Educação Física. O método de pesquisa utilizado parte da atitude fenomenológica proposta pelo filósofo Maurice Merleau-Ponty. Assim, incorporamos a experiência vivida, a redução e a intencionalidade do movimento. Dessa maneira, realizamos apreciações de algumas obras do cineasta Charles Chaplin Tempos Modernos (1936) e o Circo (1928), por meio de uma Ficha de conteúdo, em que descrevemos alguns aspectos relacionados às percepções do corpo, por exemplo, percepção corporal, esquema corporal, motricidade e expressividade. Nessa perspectiva, refletir corporalmente na Educação Física é valorizar o poder que o corpo tem de inventar, interpretar o movimento nas mais diversas formas de liberdade, e assim tornar esses corpos especiais, capazes de criar e mudar partindo da linguagem corporal. Nesse sentido, estudar a expressão corporal para a Educação Física servirá para ampliar nossos diálogos e romper com as práticas corporais reduzidas à imitação.