CORPO E ENVELHECIMENTO: O QUE A AUSÊNCIA DAS PRÁTICAS CORPORAIS NO CONFINAMENTO DEVIDO À COVID-19 NOS REVELA PARA SE (RE) PENSAR O CORPO IDOSO?
Envelhecimento; Corpo, Educação Física, Práticas Corporais.
A presente pesquisa busca apreender as percepções que os idosos de Tabuleiro do Norte (CE) construíram acerca de seus corpos e da velhice diante da ausência das práticas corporais devido a pandemia da COVID-19. Frente a isso, o objetivo geral desta pesquisa é compreender as percepções que os idosos de Tabuleiro do Norte (CE) construíram acerca de seus corpos e da velhice diante da ausência das práticas corporais, com o intuito de identificar as contribuições destas percepções para a Educação Física. Justificamos a presente pesquisa mediante a escassez bibliográfica e reforçamos a importância acadêmica deste estudo por contribuir com a ampliação da produção científica no campo dos estudos sobre o corpo relacionado ao envelhecimento e da Educação Física utilizando o método fenomenológico. Para tanto, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 25 idosos participantes da hidroginástica no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) por pelo menos um ano. Identificou-se que os participantes possuem experiências diversas acerca da velhice, e estas foram discutidas nas unidades de significado velhice como limitação, velhice como liberdade e velho é o outro, apreendeu-se com essas discussões que a velhice se expressa no corpo, e que esta é experenciada de diversas formas, que são influenciadas não só biologicamente mas também culturalmente. Em outro momento discutiu-se as compreensões de corpo idoso dos participantes, identificando as unidades de significado corpo esbelto, corpo em declínio, corpo dependente, e tristeza, estresse e solidão, percebeu-se que o corpo idoso traz consigo vivências que são influencias pelo contexto em que são inseridos, por isso percebemos as divergências em suas falas. A importância de incluir a visão dos idosos na sociedade é para que esta compreenda as diversas faces da velhice, podendo assim respeitá-las, bem como se preparar para também vivenciá-las. Ademais, destaca-se a necessidade de criação e manutenção de políticas públicas que atendam suas necessidades físicas, psicológicas, sociais, culturais e ainda para que possam contar com profissionais qualificados para atender a estas demandas.