OS MENDONÇAS NA COMUNIDADE INDÍGENA DO AMARELÃO: Reflexões culturais e simbólicas para a Educação Física
Corpo. Cultura índígena. Símbolos.Toré. Educação Física.
Invoco a trilhar o caminho deste corpo sensível e cultural. O presente trabalho tem a cultura indígena do grupo Mendonça, que vive no município de João Câmara no estado do Rio Grande do Norte, onde realiza o estudo sobre os Mendonças na comunidade indígena do Amarelão, reflexões culturais e simbólicas para a Educação Física. A compreensão tem no método fenomenológico de Maurice Merleau-Ponty, buscando assim um entendimento de sentidos partindo da compreensão da estrutura do fenômeno nas vivências dos Mendonças e as experiências existenciais vividas pelo grupo. Como justificativa, a pesquisa busca ampliar a importância da temática indígena para a Educação Física, dado ao fato de perceber que há poucos trabalhos envolvendo a temática indígena e a Educação Física e carece ampliar esse conhecimento para a área acadêmica. A partir das práticas corporais desenvolvidas pelos Mendonças e com o intuito de atender à proposta do tema do trabalho, propomos os seguintes objetivos: refletir sobre os sentidos culturais e simbólicos das práticas corporais dos Mendonças na comunidade indígena do Amarelão e evidenciar como esses saberes pode contribuir para a Educação Física. Nesse sentido, o método fenomenológico é uma via possível de reflexão para que se possa compreender o corpo sensível e existencial dotado de significados e sentidos culturais. Para esse fim, travamos o diálogo com a filosofia de Merleau-Ponty (2018) tendo o corpo no fenômeno percebido nas experiências existenciais no mundo vivido. Assim, por meio da rede de significados, vem à tona a compreensão de conceito que dialogue com os conceitos de corpo, cultura e símbolo, conhecimentos compreendidos no corpo fenomenológico. Para tanto, se fez necessário recorrer às referências norteadoras em Merleau-Ponty (1991); (2018), Nóbrega (2008; 2010; 2016), Zumthor (2002; 1993) e Medeiros (2008). Nos conhecimentos voltados à cultura indígena, recorremos a Pereira (2019), aos estudos de Cavignac e Alveal (2019), Santos Júnior (2008) e Guerra (2007; 2011), que possibilitam diálogos sobre a organização social e étnica nos quais esses discursos ofereceram informações precisas e um detalhamento específico das populações indígenas principalmente no Rio Grande do Norte, quem vão do universo vivencial dos Mendonças até suas reivindicações pelo direito de autoafirmação e identidade social enquanto população indígena.