ÍNDICE DE ADIPOSIDADE CORPORAL MODIFICADO PARA DETERMINAÇÃO DE GORDURA CORPORAL DE ADULTOS DO NORDESTE DO BRASIL
Obesidade, avaliação física, composição corporal, índice de adiposidade corporal, IAC.
RESUMO
INTRODUÇÃO: A obesidade é um grave problema de saúde pública em todo o mundo, que reduz a expectativa de vida, uma vez que aumenta o risco de se desenvolver doenças crônicas não transmissíveis, como hipertensão arterial, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e cerebrovasculares.Desta forma, para a elaboração de programas dietéticos e/ou de exercícios físicos para a prevenção e o tratamento da obesidade é necessária uma avaliação diagnóstica que permita aos profissionais da área da saúde identificar a composição corporal, a fim de se propor a prescrição mais adequada. O Índice de Adiposidade Corporal (IAC), calculado a partir da medida do perímetro do quadril e da estatura, tem sido sugerido como um novo índice para avaliar a adiposidade corporal. OBJETIVOS: Verificar se o IAC é preditor válido da porcentagem de gordura corporal em adultos do nordeste brasileiro, bem como propor um índice válido para atender a população do nordeste brasileiro. MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo com delineamento transversal. A amostra contou com a participação de 425 indivíduos com idade entre 20 e 59 anos, sendo 203 homens e 222 mulheres, os quais passaram por avaliação antropométrica. Como técnica padrão para avaliação do porcentual de gordura foi utilizada a absortometria radiológica de dupla energia (DEXA). Na análise estatística realizou-secorrelação linear de Pearson e regressão linear. Foi utilizada a plotagem de Bland-Altman para verificar os limites de concordância entre a técnica padrão e a técnica alternativa. RESULTADOS: Não foram encontradas diferenças significativas entre o porcentual de gordura estimado pelo IAC e os valores de referência pelo DEXA, entretanto, a correlação entre as técnicas ficou abaixo do considerado para a validação do IAC (r ≥ 0,586). CONCLUSÃO: Embora o IAC não tenha apresentado diferença para os valores estimados, a baixa correlação e os limites de concordância indicam que para a amostra estudada o IAC não parece ser um bom preditor de gordura corporal em adultos do nordeste brasileiro.