A PSICOMOTRICIDADE RELACIONAL COMO PRATICA EDUCATIVA PARA INCLUSÃO DE ADOLESCENTES COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
Educação Física Escolar, Psicomotricidade Relacional, Inclusão, Deficiência Intelectual.
Introdução: A Psicomotricidade Relacional (PR) foi desenvolvida na década 70 do século XX, pelos professores de educação física franceses André Lapierre e Bernard Aucouturier. É uma prática educativa que utiliza o jogo simbólico na ação do brincar espontâneo em prol do desenvolvimento integral e da autonomia do sujeito. Objetivo: Analisar o processo de inclusão de pessoas com deficiência intelectual na educação física escolar, por intermédio da prática educativa da PR. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa-ação realizada com um grupo 36 estudantes do 7º ano do ensino fundamental de uma escola pública municipal de Natal-RN, sendo 3 com deficiência intelectual, selecionados de forma não probabilística, por conveniência. Os instrumentos de pesquisa foram 1 máquina fotográfica digital SONY Cyber-shot, 2 filmadoras digitais NAVCITY esportiva NG-100, anamnese de Sampaio (2010), relatórios espontâneos e relatórios reflexivos. Foram realizadas 8 aulas de educação física, com o jogo simbólico da PR, uma vez por semana, durante um bimestre letivo. Foi realizada uma análise qualitativa dos dados, incluindo classificação e análise durante a coleta de dados, análise e categorização, e a interpretação e construção teórica. Resultados: Nas oito aulas o processo inclusivo aconteceu gradualmente de forma não diretiva, ilustrado nas fotografias e audiovisuais. Os alunos puderam perceber a inclusão e vivenciá-la. Nos relatórios espontâneos e reflexivos dos professores, a inclusão aconteceu de forma espontânea, não diretiva. No que tange os relatórios espontâneos dos alunos, foram expressos os conteúdos vividos pelos estudantes com deficiência intelectual na relação com os demais colegas e professores. Os alunos com deficiência intelectual expressaram a relação com o outro e com os objetos por meio do grafismo. Conclusão: A abordagem da PR como prática educativa nas aulas de educação física possibilitou a inclusão dos estudantes com deficiência intelectual, propiciando aos estudantes a aceitação das diferenças e a compreensão da relevância do processo inclusivo.