PROPRIEDADES ÓPTICAS DE AEROSSÓIS NA ATMOSFERA DE NATAL/BRASIL MEDIDAS POR MEIO DE UM FOTÔMETRO SOLAR DA REDE AERONET
CIMEL. Poeira mineral. RIMA. LIDAR. HYSPLIT.
O estudo dos aerossóis atmosféricos contribui para o entendimento da forçante radiativa e do aquecimento global. Além disso, os aerossóis podem influenciar na visibilidade, na chuva ácida, na saúde humana e na precipitação. Desde 2016, Natal, capital do Rio Grande do Norte, Brasil, possui um fotômetro solar (CIMEL) da rede RIMA/AERONET que pode identificar a presença de aerossóis de queima de biomassa e poeira mineral provindos da África. Para tal identificação, objetiva-se caracterizar as propriedades ópticas dos aerossóis presentes na atmosférica de Natal (RN). Os dados disponibilizados pela AERONET, a nível 1.5, Versão 3, fornecem informação sobre algumas características microfísicas como profundidade óptica de aerossol (AOD), coeficiente de Angström (α), albedo de espalhamento único (SSA), fator de assimetria (g), índice de refração complexo (N), distribuição de tamanho volumétrica (DTV) e água precipitável. O período de obtenção destes dados foi de agosto de 2017 a março de 2018. Os aerossóis foram classificados mediante climatologias globais e suas propriedades ópticas foram descritas. As observações foram comparadas com medições diárias de satélite e do LIDAR local no decorrer de um dia para um estudo de caso. Adicionalmente, foram modeladas backward trajectories com o modelo HYSPLIT a fim de averiguar a origem das massas de ar e a fpredominância das mesmas. Os aerossóis presentes na coluna atmosférica de Natal apresentaram médias mensais de AOD na faixa de 0,10 a 0,15 com pico de ~40%, médias mensais de α entre 0,6 e 0,8 com pico acima de 30%, DTV bimodal com a moda grossa dominante, SSA em torno de 0,8, parte real em torno de 1,5, parte imaginária variando de 0,0125 a 0,0437 e g acima de 0,74. A água precipitável acompanhou o aumento da precipitação para os meses de dezembro, janeiro, fevereiro e março. A classificação identificou aerossóis de mistura (60,40%), aerossol marinho (30,69%) e poeira mineral (8,91%). As backward trajectories mostraram que, em ~51% dos casos, os aerossóis vieram do Continente Africano.